Pelo visto o ano de 2020 ainda não terminou. Logo nos primeiros 10 dias de 2021 assistimos o impossível, o surreal acontecer…No país defensor intransigente da liberdade de expressão, no país da 1ª Emenda, assistimos – entre aturdidos e calados – o Presidente da República, Donald Trump, ser banido das redes sociais (twitter, facebook, instagram).As explicações para tamanha [e tão ilegal ato de]violência transitam entre a canalhice e a estupidez. Em tese, seria uma forma prevenir novos incidentes na posse do [ilegítimo] Presidente eleito, Joe Biden. Interessante que apoiadores do Black Lives Matter, em momento algum, tiveram suas contas suspensas e/ou canceladas, mesmo após quase colocarem fogo nos EUA no ano de 2020.Os conservadores estão sendo perseguidos e castigados, amigos, não tenham dúvidas.Se Donald Trump, Presidente da maior nação do planeta e, não esqueçamos, bilionário, é simplesmente cancelado, anulado digitalmente, o que poderá acontecer conosco? A resposta a essa pergunta vocês sabem qual é! Não é agradável.

Aqui no Brasil juristas aplaudem essa barbárie. Na minha timeline, no Facebook, vi dois Desembargadores comemorando essa barbaridade praticada contra Trump e, sugerindo, em suas postagens, seja o mesmo feito com o nosso Presidente Jair Messias Bolsonaro.

Alguém duvida que isso acontecerá? Que nosso Presidente da República será “cancelado/banido” das Redes Sociais. A pergunta a ser feita é “quando” e não “se” acontecerá?!

Obviamente que essa atitude das BigTechs é ilegal (tanto à luz da Seção 230 da Legislação Federal dos EUA, quanto, também, através do Marco Legal da Internet e outras normas, como Código Civil e Código de Defesa do Consumidor, mas isso será tema para outro artigo). O ponto que quero abordar é: por qual misteriosa razão, amiguinhos, vocês acham que o pior que pode acontecer é o cancelamento de suas contas de Facebook, YouTube e Twitter?

Vocês já se deram conta de que o Gmail e o YouTube pertencem ao Google? Que o whatsapp pertence ao Facebook? Que todas essas empresas estão, umbilicalmente ligadas?!

Esse processo de anulação e cancelamento de conservadores e liberais, avançará, rapidamente ao ponto em que, em nome da Democracia e do Bem Maior (termos completamente vagos e que não significam, absolutamente, nada) seremos impedidos de usar nossas contas de gmail, whatsapp e, até mesmo, de acessar o Google.

“Como assim, quer dizer que serei proibido de acessar o Google?” Sim. Tecnologia pra isso já existe. Cada vez que você entrou no Face para saber, fornecendo fotos para tanto, como será seu rosto com 80 anos e qualquer bobagem dessas, você alimentou a Big Data com mais imagens e informações suas.

Ninguém tem dúvida que somos filmados e gravados, mesmo com nossos smartphones desligados. Então, chegará um tempo, e estamos bem próximo disso, em que ao acessar o Google sua câmera mandará uma imagem para as redes e seu acesso será negado; pior, seu computador/smartphone será travado. Tudo isso num milissegundo. Essa tecnologia já existe, ok.

Ah, não adiantará você usar de outro computador que não seja o seu. Aquele também será apagado bem como as contas do respectivo usuário.

Alguém poderia dizer: “ você enlouqueceu, Paulo Antonio Papini, tais atitudes seriam ilegais”. Bem, não quero ser chato, mas a 1ª Emenda da Constituição dos EUA diz que todo o bloqueio realizado, digitalmente, a Trump é ilegal. Os Inquéritos 4781 e 4828, do STF, são manifestamente inconstitucionais e, mesmo assim, pessoas continuam a sofrer as deletérias consequências dos mesmos.

Obviamente que num primeiro momento serão cassados (e não seria inapropriado grafarmos este termo com cedilha) os principais expoentes da Direita, como Donald Trump, Allan dos Santos e Olavo de Carvalho. Numa segunda fase, autores com menor capilaridade (como este que voz escreve) serão perseguido. Numa terceira fase, os isentos, quem não se manifestou de forma entusiasmada a favor deste tipo de aberração.

Obviamente que as pessoas que “derem suporte” aos conservadores também serão perseguidas. Não tenham dúvida, a meta é a vingança. A meta é quebrar os nossos espíritos e, se possível, nos matar de fome. Sim, estou sendo literal, estou falando em – LITERALMENTE – sermos mortos de fome.

Aliás, em maio de 2020 escrevi um conto intitulado: “O Dia em que Ayrton Senna não morreu na Tamburello” (https://phvox.com.br/o-dia-em-que-ayrton-senna-nao-morreu-na-tamburello/) no qual tratava de um futuro distópico – que imaginaria poderia acontecer no ano de 2040 ou 2050. Citarei alguns trechos do conto e respondam se o que narrei não está a acontecer, agora mesmo:

“Lembro que essa, seguramente, é a pior e mais desumana pena que se pode infringir às pessoas, mormente quando os decretos de lockdown e isolamento social iniciados nos anos de 2020 foram sendo reeditados, ano após ano, até integrarem – não como exceção – mas como regra geral de todos ordenamentos jurídicos constitucionais do mundo ocidental.

A simples conversa, ainda que indireta, pode ser severamente punida. Veja: um “proscrito” fala para alguém o que ele quer que seja publicado. Se descoberto, gera a proscrição, também, daquele que o ajudou. Não são incomuns casos de proscritos que morrem de fome, ou por falta de remédios e/ou atendimento médico, em razão do medo de qualquer mínimo contato com eles.

São penas graves, sim, mas foram feitas com a finalidade de combater um mal maior, qual seja, a disseminação de desinformações ou, como preferem os amantes da língua inglesa: Fake News, bem como os Hate Crimes.

Sim, nos plebiscitos e debates públicos que ocorreram, fui um enfático defensor das penas de banimento a quem cometesse aquele odioso crime. O argumento era lógico, científico, corroborado por dissertações de mestrado e teses de doutoramento. O banimento digital dos propagadores de Fake News ia ao encontro dos Direitos Fundamentais a um meio ambiente saudável, à saúde pública e à vida.

Que tipo de canalha seria contrário a essa criminalização? Aliás, os defensores da ‘restrição digital’ (esse era o termo), tinham o lógico argumento de que a medida não era violadora de Direitos Fundamentais; eram, em suma, um mecanismo de proteção aos mesmos.(…)

Na prática, não foi bem isso que aconteceu. Pessoas que moravam na mesma casa, ou trabalhavam nos mesmos locais que os proscritos, também tinham problemas na hora de conseguir crédito e, com frequência, sofriam ameaças de bloqueio de redes sociais. Cada telemóvel, cada aparelho de televisão, cada dispositivo eletrônico (principalmente com o advento da internet 16G) também nos filmava e mandava nossas imagens, tanto para agências de publicidade e bancos, quanto para órgãos do governo (obviamente que isso era negado, de forma peremptória, pelas autoridades).(…)

A pressão contra aqueles que conviviam – fisicamente – com os proscritos era tão grande, e tão devastadora, que, em não muito tempo, viver sob o mesmo teto que um deles lhe transformaria (num prazo relativamente curto) em mais um proscrito.

Essa engenharia social digital foi responsável pelo movimento que convencionou-se chamar: ‘Expulsão dos Filhos Pródigos’. Pais cortavam relações com seus filhos, esposas com seus maridos, irmãos. Enfim, se você fosse um proscrito ou, se ao menos fosse investigado pelas Agências Checadoras de Fatos, provavelmente as pessoas que lhe eram mais próximas (pais, mães, melhores amigos, namoradas, irmãos) lhe virariam a cara, talvez elas próprias o denunciassem.

Na verdade, a maior parte das denúncias vinham de amigos e familiares. Eu mesmo, e não tenho orgulho de dizer isso, por vezes denunciei alguns amigos e parentes. À época em que agi como um alcagueta procurei me convencer de que fizera aquilo em nome de um mundo melhor. Todos sabiam que isso era mentira. Na realidade, embora tenha vergonha de o admitir em voz alta – até hoje –, sei que minhas delações tinham o único intuito de me fornecer benefícios materiais e, eventualmente, algum respeito social que viria com uma Good Citizen Medal.(…)

Delatar havia deixado de ser um mecanismo de autoproteção para tornar-se um meio de vida e uma importante fonte de renda para grande parte da sociedade.

Mas, novamente diziam os humanistas, que mal haveria nisso? Seria crime um homem ganhar dinheiro fazendo o que ama, tal como um policial, um médico, um advogado? Delatores não praticavam esses atos por ganância ou qualquer outro motivo mesquinho, mas por um profundo amor à Verdade e ao mundo em que vivemos.(…)”

Obviamente que escrevi esse conto em tom ficcional distópico, mas alguém consegue ver a semelhança entre o texto e o que está acontecendo agora? O Presidente dos EUA foi censurado e banido das Redes Sociais, for Christ sake! Se você não está apavorado com o que está acontecendo, você, simplesmente, não entendeu o que enfrentaremos.

Em tempo: existem setores da esquerda que entendem o quão grave é essa supressão de Direitos Fundamentais. O Partido da Causa Operária, que em diversos aspectos é mais defensor dos valores Liberais que o NOVO30 publicou um editorial condenando a atitude das BigTechs em relação à Donald Trump.