“Esta é a primeira vez que venho aqui como Secretário-Geral da NATO, e foi importante para mim vir à Ucrânia no início do meu mandato para deixar bem claro a vós, ao povo ucraniano e a todos os que estão a assistir, que a NATO está com a Ucrânia”, sublinhou numa conferência de imprensa com o presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky.

Kiev, 3 out (EFE).- O novo secretário-geral da NATO, Mark Rutte, afirmou esta quinta-feira, numa visita surpresa a Kiev, que pretende viajar para a capital ucraniana dois dias depois de iniciar o seu mandato para “deixar bem claro” que a Ucrânia tem o apoio da Aliança Atlântica contra a Rússia . Rutte, que tomou posse como chefe da NATO há dois dias, fez a sua primeira viagem oficial no seu novo cargo a Kiev, que já visitou cinco vezes desde o início da invasão russa em Fevereiro de 2022, as anteriores como primeiro-ministro de Holanda.

“Esta é a primeira vez que venho aqui como Secretário-Geral da NATO, e foi importante para mim vir à Ucrânia no início do meu mandato para deixar bem claro a vós, ao povo ucraniano e a todos os que estão a assistir, que a NATO está com a Ucrânia”, sublinhou em conferência de imprensa com o presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky.

Assegurou que, como novo Secretário-Geral da Aliança, é a sua “prioridade e privilégio levar adiante este apoio, trabalhando convosco para garantir que a Ucrânia prevaleça”.

“A Ucrânia está mais próxima do que nunca da NATO e continuará neste caminho até se tornar membro da nossa Aliança”, enfatizou o político holandês.

Rutte sublinhou que a NATO está tão empenhada em ajudar a Ucrânia porque “a sua segurança é importante para a nossa e a sua luta pela liberdade reflete os nossos princípios e valores fundamentais”.

Ele lembrou que os aliados forneceram à Ucrânia um apoio sem precedentes desde que a Rússia lançou a sua invasão em grande escala em 2022, incluindo mais de 99% de toda a ajuda militar que recebeu, embora tenha dito estar ciente de que precisa de mais.

“É por isso que os aliados concordaram, na cimeira da NATO em Washington, este Verão, em garantir que poderíamos fornecer-lhes mais equipamento, mais formação e mais apoio”, observou.

Assim, aludiu ao centro de comando na Alemanha a partir do qual a NATO coordenará a prestação de ajuda militar e formação de soldados ucranianos, e ao compromisso financeiro de pelo menos 40 mil milhões de euros para fornecer ajuda militar à Ucrânia num ano.

“Sabemos que a necessidade é urgente e estamos trabalhando duro para fazer mais e mais rápido”, disse ele.

Rutte observou também que, nas últimas semanas, vários aliados anunciaram mais ajuda militar à Ucrânia, incluindo novas contribuições da Dinamarca, Letónia, Reino Unido e quase 8 mil milhões de dólares em ajuda dos Estados Unidos.

Na cimeira de Washington, os líderes aliados também concordaram em melhorar a sua capacidade industrial de defesa e ajudar a Ucrânia a construir as suas capacidades nacionais com mais investimento e inovação. EFE