O anúncio surpreendente foi feito depois que o DP, que tem maioria na Assembleia Nacional (parlamento), aprovou um orçamento para 2025 com vários cortes sem o apoio do Partido do Poder Popular (PPP), partido governista de Yoon, bem como moções para demitir o procurador-geral e o chefe do Conselho de Auditoria e Inspeção, que monitora as contas dos órgãos públicos.

O presidente sul-coreano, Yoon Suk Yeol, declarou “lei marcial de emergência” no país na terça-feira. Para tomar esta medida, o presidente acusou a oposição do país de controlar o Parlamento, de simpatizar com a Coreia do Norte e de paralisar o Governo com atividades contra o Estado.

“Para salvaguardar uma Coreia do Sul liberal das ameaças das forças comunistas norte-coreanas e eliminar elementos anti-Estado… declaro lei marcial de emergência”, disse Yoon num discurso transmitido ao vivo pela televisão à nação.

“Através desta lei marcial, reconstruirei e protegerei a República Livre da Coreia, que está caindo nas profundezas da ruína nacional”, disse Yoon durante um discurso televisionado, invocando o nome formal da Coreia do Sul.

Não ficou imediatamente claro como estas medidas irão afetar o governo e a democracia do país.

O anúncio surpresa surge depois de o PD, que tem maioria na Assembleia Nacional (Parlamento), ter aprovado sem o apoio do Partido do Poder Popular (PPP), no poder de Yoon, um orçamento geral para 2025 com múltiplos cortes, além de moções para demitir o procurador geral e o chefe do Conselho de Auditoria e Fiscalização, responsável pelo acompanhamento das contas dos organismos públicos.

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A declaração da lei marcial provocou reação imediata dos políticos, incluindo o líder do seu próprio partido, Han Dong-hoon, que, de acordo com declarações recolhidas pela Infobae , chamou a decisão de “errada” e prometeu “acabar com o povo”.

Por sua vez, o Partido Democrata convocou uma reunião de emergência dos seus legisladores. O líder do partido, Lee Jae-myung, que perdeu por pouco para Yoon nas eleições presidenciais de 2022, chamou o anúncio de Yoon de “ilegal e inconstitucional”.

Após o anúncio, o chefe do Estado-Maior Conjunto (JCS), Park An-su, foi nomeado comandante sob lei marcial e indicou que as atividades da Assembleia Nacional e dos partidos políticos são proibidas, informou a agência Yonhap.

Por sua vez, o ministro da Defesa, Kim Yong-hyun, ordenou uma reunião dos principais comandantes e ordenou a vigilância estrita do Exército, informou o JCS em comunicado.

Imagens difundidas pelas redes de televisão mostraram até agora grupos de polícias bloqueando o acesso à Assembleia Nacional.

Com informações da EFE