O ponto mais importante da entrevista do PR Bolsonaro no Jornal Nacional foi o uso retórico da linguagem. Todas as perguntas foram feitas como que embasadas na verdade estabelecida dos fatos. Isso não é perceptível para muitos e é exatamente aí que a população é pega pelo processo revolucionário. Pois, independente de quem seja o entrevistado e o tema, ele é obrigado a responder em 1 minuto uma “verdade” criada com base em um objetivo maior. A tendência é que a resposta pareça desculpa e qualquer afirmação evasiva do tema com tons de negação.
Como estabelecido pelos conceitos de Saul Alinsky, mentor de Barack Obama e Hillary Clinton, “a questão não é a questão, a questão é a revolução.”
Entendermos e dominarmos o idioma, sabermos fazer uso adequado dos discursos e, acima de tudo, desmascararmos a retórica e a dialética revolucionária é mais importante do que debatermos sob seus termos. Infelizmente, não é possível mudar este cenário rapidamente e requererá, muito possivelmente, a formação de uma nova geração que tenha sido precedida por uma que tivera o desejo genuíno de retornar as bases do amor verdadeiro ao conhecimento e o apego à realidade.
O trabalho é longo e há muito a ser feito.