Escrito em 25 de julho de 2011
O objetivo final da política prática é manter a população alarmada – e, por conseguinte clamar para ser salva – ameaçando-a permanente e continuamente com fantasmas, todos imaginários — Henry Louis Mencken.
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Mencken tinha razão: os governos precisam atemorizar a população para justificar sua própria existência, que deveria ser somente proteger as liberdades individuais. Com o processo de instalação de um governo mundial, é necessário também inventar fantasmas globais imaginários, entre outros, as ameaças do aquecimento global. É aí que entra o papel dos exterminadores do futuro: os ambientalistas, criando um “problema” climático inexistente. Mas há outros aspectos, alguns tétricos, para dizer pouco, que estão envolvidos nesta questão.
Há muitos anos eu montava um dossiê sobre A Farsa do Aquecimento Global por Causa Humana e fui muito ajudado por uma amiga, empresária de nível multinacional, que me fornecia contribuições inestimáveis. Até que um dia ela me escreve dizendo que deveríamos mudar o título para Desenvolvimento Sustentável. A princípio achei estranho e pouco depois fiquei pasmo de ver as esquerdas mundiais e brasileiras abandonarem o termo aquecimento global por aquele outro! O que poderia estar acontecendo se uma pessoa defensora intransigente do capitalismo e da livre concorrência falava a mesma linguagem dos revolucionários? Perguntada, saiu-se com evasivas como ‘vivemos todos no mesmo planeta’ e outras idiotices iguais. Recusei-me a fazer a mudança e…..foi a última vez que falamos.
O que antes parecia uma transformação das velhas ideias revolucionárias (luta de classes, etc.) em ambientalismo e movimento ecológico para destruir o capitalismo – a transmutação da bandeira vermelha em verde – aparecia com uma nova feição. Ora, então cui bono? Quais os interesses ocultos por detrás da ‘defesa do planeta para nossos descendentes’, quem está explorando os velhos mitos ressuscitados pela ‘nova’ era, as crenças animistas primitivas na deusa Gaia, do culto à frugalidade, do conformismo com a escassez, revestidas pelo ideal de preservação ambiental, em que o cultivo de hábitos frugais é apresentado como necessário a uma maior harmonia entre o homem e a natureza, se defensores do capitalismo se unem aos seus antigos inimigos ideológicos?
Das três correntes globalistas – ocidental, eurasiana e islâmica – só a primeira se interessa pelo tema, as demais são predadoras por excelência. A ocidental, erradamente chamada Anglo-Americana, pois seu alvo principal são os Estados Unidos, o único país que pode enfrentá-la, é a constituída pelos metacapitalistas das poderosas fundações e as ONGs que financiam.
Encontrei parte da resposta no excelente estudo O Culto à frugalidade e a produção artificial da escassez, de Daniela de Souza Onça e Ricardo Augusto Felício[1], através do site Fakeclimate, o melhor site brasileiro sobre o tema:
O relatório State of the World 2010 do Worldwatch Institute aborda a questão do consumismo. Logo no início, ele adverte que o padrão de consumo insustentável do ocidente faz-se presente “num número crescente de culturas de consumo no mundo” e começa hoje a ser disseminado “para milhões de pessoas dos países em desenvolvimento” (WORLDWATCH INSTITUTE, 2010, p. 3), numa clara referência à insustentabilidade da extensão dos benefícios da sociedade industrial aos chamados países emergentes. Engraçado como quando o padrão insustentável de consumo típico das nações ocidentais ricas era restrito a elas isso nunca representou um problema para o meio ambiente… É somente quando o consumo de combustíveis fósseis dos 1 bilhão e 300 milhões de chineses, a produção de softwares dos 1 bilhão e 100 milhões de indianos e a safra de grãos dos 200 milhões de brasileiros ameaçam superar suas correspondentes norte-americanas é que emergem as preocupações ambientais. (as ênfases são minhas).
Além disto, estão previstos invernos terríveis na Inglaterra, a mais interessada em ‘proteger as nossas florestas e os nossos índios’ tão maltratados por nós e tentam impor a internacionalização da Amazônia, “pulmão do mundo”. Relatórios oficiais indicam o óbvio: o aquecimento global existe sim, mas nada tem a ver com as atividades humanas e sim com as atividades solares (http://iopscience.iop.org/1748-9326/6/3/034004/fulltext). E o decréscimo destas indica que nos próximos 40 anos o sol voltará ao estado de atividade mínima registrado entre 1650 e 1700, o que prevê invernos glaciais na Europa.
Noutro estudo, os mesmos autores[2] fornecem mais detalhes:
Após sérias discussões sobre as pretensões dos “aquecimentistas” internacionais, como Al Gore e outros e seus sacripantas nacionais, foi possível dissipar a cortina de fumaça que estava ocultando as engendradas maquinações envolvidas no processo, bem como suas consequências para o Brasil. (Fazem alusão) aos três elementos que sustentam o fogo: combustível, comburente e calor, também conhecido como triângulo da combustão, a Teoria da Tríade necessita de três elementos que legitimam o “desenvolvimento sustentável”, sendo eles: o “aquecimento global”, as “mudanças climáticas” e o “caos ambiental”. Da mesma maneira que surge o tetraedro do fogo, apoiado pelos seus três elementos descritos anteriormente, o “desenvolvimento sustentável” tornou-se o tetraedro do medo, alicerçado nos três elementos que são mentirosamente associados ao Homem, principalmente às suas atividades de desenvolvimento convencional e sobrevivência.
Mas a quarta fronteira foi rompida e a população brasileira acredita piamente nos sacripantas nacionais, que eu chamo de traidores da Pátria!
[1] Doutoranda em Geografia e Prof. Dr. Climatologista do Laboratório de Climatologia e Biogeografia – LCB, seção vinculada ao Departamento de Geografia da Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas da USP.
[2]“Aquecimento Global”, “Mudanças Climáticas” e “Caos Ambiental” justificando o falso “Desenvolvimento Sustentável”: a Teoria da Tríade.