Nicolás Maduro e Dina Boluarte são os piores avaliados no ranking da CB Consultora, correspondente a novembro, com 69,6% e 73,3% de imagem negativa, respectivamente.
Editorial América, 26 nov (EFE).- O presidente do Uruguai, Luis Lacalle Pou, que termina o mandato em março de 2025, é o presidente sul-americano mais valorizado pelos cidadãos, segundo o último ranking da CB Consultora, empresa especializada no estudo do clima social e na projeção de cenários eleitorais, em que Javier Milei, da Argentina, aparece como o segundo mais valorizado, e a presidente do Peru, Dina Boluarte, está em último lugar.
A imagem positiva de Lacalle Pou é de 51,5% em novembro deste ano, em comparação com 52% em setembro,, enquanto a taxa de reprovação é de 45,8%, segundo pesquisa realizada entre 15 e 24 de novembro com 12.151 pessoas (uma média de 1.019 a 1.617 cidadãos por país), com um nível de confiança de 95% e uma margem de erro de +/- 2%.
Lacalle Pou, do Partido Nacional (centro-direita), entregará o poder em 1º de março de 2025 a Yamandú Orsi, da Frente Ampla (esquerda, à qual pertence o ex-presidente José ‘Pepe’ Mujica), que venceu as eleições presidenciais no domingo, 24 de novembro.
O segundo lugar é ocupado pelo presidente da Argentina, Javier Milei, com favorabilidade de 50,2% em novembro, 2,5 pontos a mais que em setembro, quando tinha 47,7%. O indicador negativo em novembro foi de 46,7%.
O líder de La Libertad Avanza assumiu a presidência da Argentina em 10 de dezembro e desde então tem aplicado um severo plano de ajuste para reduzir os gastos públicos, conter a inflação e desregulamentar a distorcida economia argentina deixada pelo kirchnerismo, mostrando resultados bem-sucedidos em todas as áreas.
O presidente brasileiro, Luiz Inácio Lula da Silva, ocupa o terceiro lugar com uma imagem favorável de 48,6%, caindo quase um ponto percentual, já que em setembro era de 49,4%. A imagem negativa de Lula ficou em 47,6%.
O pior avaliado
Na outra ponta da tabela, a presidente do Peru, Dina Boluarte, está em último lugar, com uma imagem negativa de 73,3% em comparação com uma classificação positiva de 21,3%. Em setembro, seu índice de aprovação era de 23,6%.
Boluarte enfrentou recentemente uma investigação preliminar por supostos atos de corrupção e está pendente a decisão do Ministério Público se ele denuncia definitivamente o presidente ou arquiva o processo pelo suposto acobertamento pessoal de Nicanor Boluarte, um de seus irmãos e sobre quem a Justiça decidiu Terça-feira, 36 meses de prisão preventiva por tráfico de influência.
Em penúltimo lugar está o ditador venezuelano Nicolás Maduro, com uma avaliação negativa de 69,6% e 27,8% de favorabilidade, uma queda de 1,3% em relação a setembro, quando ele tinha 29,1%.
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Após as eleições presidenciais de 28 de julho, o Conselho Nacional Eleitoral (CNE) proclamou a suposta vitória de Maduro sem ainda publicar os resultados detalhados, razão pela qual grande parte da comunidade internacional reconhece o candidato da oposição Edmundo González como presidente eleito, com uma vantagem de quase 40 pontos sobre o herdeiro do chavismo, de acordo com os únicos resultados publicados até o momento, que foram inclusive endossados por observadores internacionais credenciados pelo próprio CNE, como o Centro Carter e o painel de especialistas da Organização das Nações Unidas (ONU).
Antes de Maduro, vem o presidente boliviano Luis Arce, com uma imagem negativa de 60% e uma imagem positiva de 36,8% (41,3% em setembro). O presidente boliviano enfrentou vários protestos nos últimos meses devido à crise econômica pela qual o país está passando, além da luta dentro do partido governista que o colocou contra o ex-presidente Evo Morales.
O colapso da popularidade de Noboa
Em sétimo lugar está o presidente do Chile, Gabriel Boric, com uma imagem favorável de 39,4% e uma desaprovação de 59,1%, enquanto em setembro sua imagem positiva era de 37,5%. Boric está enfrentando uma queixa por suposto assédio sexual e divulgação de imagens privadas, fatos que teriam ocorrido há dez anos.
O presidente do Paraguai, Santiago Peña, caiu para o quarto lugar, com 44,7% de favorabilidade em novembro (46% em setembro) e 51,5% de desaprovação.
O presidente do Equador, Daniel Noboa, que em meados do ano liderava a lista dos governantes mais bem avaliados, caiu para o quinto lugar, com um índice de aprovação de 42,6% (45,2% em setembro) e uma imagem negativa de 55,5%.
Com um ligeiro aumento, em sexto lugar está o governante da Colômbia, Gustavo Petro, com uma imagem positiva de 41,2% e uma imagem negativa de 57,6%. Em setembro, seu apoio era de 39,5%.
Com informações da EFE