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Mudança na chancelaria argentina por votação incompatível com a agenda de Milei

Diana Mondino deixou o cargo e será substituída por Gerardo Werthein, que até agora atuava como embaixador nos Estados Unidos.

Recentemente, o governo argentino solicitou que todos os funcionários do Itamaraty que não compartilham da agenda proposta pelo Poder Executivo deixassem seus cargos. Basicamente, como repetiu em mais de uma ocasião o presidente Javier Milei, durante a sua gestão, a Argentina se encontrará alinhada sobretudo com os Estados Unidos e Israel.

Uma votação que teve a ver com o embargo dos EUA à ditadura cubana acabou por selar a saída da própria ex-chanceler, Diana Mondino. Gerardo Werthein, que até agora atuou como embaixador da Argentina em Washington, assumirá seu lugar. Após as primeiras reportagens da imprensa, o porta-voz presidencial Manuel Adorni anunciou a nomeação do novo chanceler.

O jornalista Jonatan Viale confirmou que o presidente soube da votação da Argentina na ONU depois do meio-dia, por isso pediu as explicações pertinentes. Não satisfeito com as respostas recebidas, o Itamaraty decidiu pela modificação. Fontes próximas à Casa Rosada se referem a um “erro inaceitável”.

O comunicado oficial do governo informava a “renúncia de Mondino” e a chegada de Werthein, “que liderará a continuidade da transformação da política externa argentina”. Segundo a reportagem de imprensa, o país atravessa um período de profundas mudanças e esta nova etapa exige que o corpo diplomático nacional “reflita em cada decisão os valores da liberdade, da soberania e dos direitos individuais que caracterizam a democracia ocidental”.
Em relação ao voto questionado pelo presidente, a Argentina “se opõe categoricamente à ditadura cubana e permanecerá firme na promoção de uma política externa que condene todos os regimes que perpetuam a violação dos direitos humanos e das liberdades individuais”.

Até o momento, o presidente argentino não manifestou a mudança no Itamaraty. Mas ela retuitou a representante nacional Sabrina Ajmechet, que disse estar orgulhosa de um governo “que não banca nem é cúmplice de ditadores. “Viva Cuba livre!”

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