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Oposição venezuelana apresenta relatório final na OEA que demonstra fraude eleitoral

O cerco internacional à ditadura chavista se amplia para exercer pressão contra as arbitrariedades ordenadas em Miraflores. Com este novo documento “é verificada a veracidade dos registos compilados pela rede 600K e demonstrada a fraude orquestrada pelo regime de Nicolás Maduro”.

A oposição venezuelana preparou um relatório sobre a fraude cometida pelo chavismo nas eleições presidenciais de 28 de julho, que apresentou esta terça-feira à OEA, para reforçar as alegações sobre as artimanhas do chavismo para permanecer no poder após a votação. Gustavo Silva, integrante da equipe eleitoral do Comando com a Venezuela, foi o encarregado de apresentá-lo.

Isto se torna “mais uma prova do triunfo de Edmundo González”, indicou o grupo numa mensagem de Nicolás Maduro recorrendo ao Conselho Nacional Eleitoral (CNE) para declará-lo vencedor, sem totalização ou auditoria de atas.

Assim, “verifica-se a veracidade dos registos compilados pela rede 600K e demonstra-se a fraude orquestrada pelo regime de Nicolás Maduro”, explica a oposição. O porta-voz mencionou perante a OEA que “a única forma de produzir 30.026 minutos que atendam a essas características é imprimi-los diretamente em cada máquina correspondente, no dia das eleições, após o fechamento das urnas, no momento da contagem”.

Minutos “são a chave” da vitória de Edmundo González

A explicação do porta-voz continuou perante a OEA. “Hoje, com 83,5% das atas totalizadas, podemos afirmar inequivocamente que González Urrutia foi eleito com pelo menos 7.303.480, ou 67% dos votos a favor, mais que o dobro dos 30% que Nicolás Maduro obteve. E isto apesar do fato de ter sido negado o direito de voto a 4,5 milhões de venezuelanos na nossa diáspora e de ainda haver mais boletins de voto por processar”.

A oposição se baseia na ata que conseguiu compilar por meio da mesa de testemunhas arranjada em 28 de julho, que também chegou ao Carter Center. A assessora do Centro para a América Latina e o Caribe, Jennie K. Lincoln, não hesitou em afirmar que “estas atas são a chave” para finalmente verificar a vitória de Edmundo González.

Desta forma, amplia-se o cerco à ditadura chavista para exercer pressão contra as arbitrariedades ordenadas desde Miraflores. Paralelamente à apresentação deste relatório à OEA, a Missão Internacional Independente da ONU para a Venezuela revelou um documento contundente sobre assassinatos, atos de tortura e violência sexual cometidos nas eleições pelas forças de segurança e grupos civis que servem o regime.

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