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Petro sobre resultados na Venezuela: “Se não há ata não há reconhecimento”

Porém, ao se referir à falta de liberdades, Petro voltou à ambiguidade que adotou desde as eleições na Venezuela. (EFE)

Petro reconhece que a situação política na Venezuela é complexa. “Estamos presos no que se segue porque há uma oposição que se sente como o Governo, mas não está no Governo”, respondeu o presidente colombiano à CNN.

Gustavo Petro, presidente da Colômbia e um dos líderes que acompanha de perto a situação na Venezuela, incluindo a mediação entre a oposição e a comunidade internacional contra a ditadura de Nicolás Maduro, referiu-se aos resultados das eleições presidenciais de 28 de julho e emitiu o que parece ser um ultimato ao regime chavista: “Se não há apresentação de atas, não há reconhecimento”.

Estas foram as suas palavras numa entrevista concedida à CNN com uma atitude que poderia responder parcialmente às pressões dentro do seu próprio governo. A realidade é que há dias a Câmara dos Deputados da Colômbia aprovou o reconhecimento de Edmundo González Urrutia como presidente eleito da Venezuela. Em seguida, o Senado deu a sua aprovação com um apoio de 48 votos a favor e apenas seis contra, ao que Petro respondeu que “estudará a proposta” feita por ambas as câmaras “sempre consultando, em primeiro lugar, o interesse geral do governo colombiano”. sociedade.

Porém, ao se referir à falta de liberdades, voltou à ambiguidade que adotou desde as eleições na Venezuela ao desculpar a ditadura de Maduro. “O principal candidato deles não participou e isso é um problema, porque com quem você conversa na Venezuela é do lado da oposição. E também do lado do Governo, porque um país com sanções econômicas não é livre. E tudo o que se falou no México, em Barbados e na Colômbia para que ocorressem eleições livres, não aconteceu”, disse o presidente colombiano.

Para que não confundam a opinião pública. O Congresso colombiano, por ordem constitucional, não pode exigir do presidente posições sobre política internacional. A proposta é um pedido e irei estudá-la dentro das decisões que tiver que tomar… https://t.co/udOiIdIUI3 — Gustavo Petro (@petrogustavo) 25 de setembro de 2024.

“Estamos presos” com a Venezuela

Petro reconhece que a situação política na Venezuela é complexa. “Estamos presos no que se segue porque tem uma oposição que se sente como o Governo, mas não está no Governo, e um Governo que não revelou a ata não pode legitimar as eleições, portanto, mas está no Governo. “Duas posições absolutamente polarizadas e distanciadas.”

Apenas um dia antes, Gustavo Petro proferiu um discurso perante a Assembleia Geral das Nações Unidas (ONU) onde defendeu as ditaduras da Venezuela e de Cuba falando do “bloqueio” que tanto promovem a Havana como supostamente responsável pelo profundo crise que a ilha está a sofrer. Ele falou sobre ambos os países e fez referência à sua natureza “rebelde”; eles são sancionados economicamente, ignorando os abusos dos direitos humanos cometidos pelos seus regimes.

Ainda assim, na entrevista à CNN procurou esclarecer a sua posição sobre o país vizinho, ideia que, afirma, partilha com o seu homólogo brasileiro, Luiz Inácio Lula da Silva.

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