“Não nos enganemos com a natureza das coisas. A Venezuela convocou eleições, mas não era uma democracia antes e muito menos depois”, acrescentou o chefe da diplomacia europeia.
Madrid, 15 set (EFE).- O alto representante da União Europeia para os Negócios Estrangeiros, Josep Borrell, descreveu o regime de Nicolás Maduro na Venezuela como “ditatorial” e “autoritário”, aludindo às detenções arbitrárias desde que o líder do oposição,
Edmundo González , teve que fugir do país.
Fê-lo numa entrevista à Telecinco transmitida no noticiário espanhol este domingo, na qual também destacou que ao dizer que o regime venezuelano é ditatorial “não estamos a consertar nada”, mas sim a tentar resolver as coisas e isso exige às vezes “uma certa restrição verbal”.
“Mas não nos enganemos com a natureza das coisas. A Venezuela convocou eleições, mas não era uma democracia antes e muito menos depois”, acrescentou o chefe da diplomacia europeia.
Borrell aludiu à saída do país de Edmundo González, que se encontra em Espanha, onde pediu asilo político, e também às “mil limitações” a que estão sujeitos os partidos políticos ou ao fato de “sete milhões de venezuelanos terem fugido dos seus país”.
“Como você chama tudo isso? Bom, naturalmente este é um regime ditatorial, autoritário, ditatorial”, frisou o chefe da diplomacia europeia.
Em relação à Ucrânia, afirmou que pediu aos ministros dos Negócios Estrangeiros que autorizassem a Ucrânia a utilizar os mísseis “no alcance necessário para atingir os pontos de referência a partir dos quais são atacados”, mas “não houve acordo” na UE.
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