As falas esquerdistas são sempre carregadas de vitimismo. Com iphone na mão ou andando de jatinho, expressam a dor dos perseguidos, a revolta dos desprivilegiados.
Ao mesmo tempo que posam de oprimidos, os esquerdistas tornaram-se defensores do sistema. Louvam líderes globais, promovem agendas ditadas pelos poderosos e, pasmem, acreditam piamente nas mega corporações.
Se os esquerdistas estão do lado dos grandes poderes globais não é porque deixaram de ser socialistas, mas porque esses poderes deixaram de ser liberais, tornando-se cada vez mais socialistas.
O socialismo é a cultura dominante dos nossos tempos e a univocidade dos discursos, repetindo as categorias do marxismo, é a prova disso.
Hoje, não pensar como socialista é colocar-se na contramão do sistema; é por-se do lado contrário aquilo que está se tornando regra e senso comum.
Os poderosos deste mundo impõem o discurso belo, certo e moral, os esquerdistas, estupidificados, replicam-no docilmente e os outros, que se recusam a tomar parte nesse processo, parecem malucos no meio disso tudo.
A relação da esquerda com o poder é íntima e lasciva. Ela se diz vítima, mas é apenas uma mucama satisfeita das forças financeiras e políticas do globo; rameira bem paga das potestades macabras que ditam os caminhos da humanidade.