Um mínimo de 241 mulheres foram executadas entre 2010 e 2024 no Irã, metade das quais foram identificadas apenas pelas suas iniciais ou permanecem completamente anônimas.
Copenhague, 6 jan (EFE) – As autoridades iranianas executaram pelo menos 31 mulheres em 2024, o maior número em uma década e meia, informou nesta segunda-feira a ONG Iran Human Rights (IHRNGO), com sede em Oslo.
De acordo com um relatório divulgado pela organização, com base em seus próprios dados verificados, este é o maior número de mulheres executadas desde que a IHRNGO começou a documentar execuções no Irã em 2008 e ocorre dois anos após a eclosão do movimento “Mulheres, Vida, Liberdade”.
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Um mínimo de 241 mulheres foram executadas entre 2010 e 2024 no Irã, metade das quais foram identificadas apenas por suas iniciais ou permaneceram completamente anônimas.
Do total executado nesses anos, 114 foram por assassinato, 107 por acusações relacionadas a narcóticos e quatro por acusações relacionadas à segurança, incluindo uma mulher judia e duas mulheres curdas.
Setenta por cento do número total de pessoas acusadas de assassinato foram por supostamente terem matado seus maridos ou parceiros, geralmente em contextos de violência doméstica.
O relatório observa que o sistema judicial iraniano “raramente” considera o abuso de relacionamento como um fator atenuante na sentença.
“A execução de mulheres no Irã não apenas revela a natureza brutal e desumana da pena de morte, mas também expõe a discriminação e a desigualdade de gênero arraigadas no sistema judiciário”, disse a IHRNGO em um comunicado.
Nascida em 2005 e registrada na Noruega desde 2009, a Iran Human Rights afirma ser formada por pessoas de dentro e de fora do Irã e tem membros nos Estados Unidos, Canadá, Japão e vários países europeus.