Na manhã desta quarta-feira, 18 de setembro de 2024, os brasileiros foram surpreendidos: o aplicativo X, antes conhecido como Twitter, voltou a funcionar. A rede social, que pertence a Elon Musk, estava impedida de operar no Brasil há algum tempo, mas agora está disponível novamente, embora de forma parcial.

Conforme as informações mais recentes, o aplicativo já pode ser acessado nas versões para Android e iOS. Entretanto, os usuários que tentam acessar a plataforma por navegadores como Google Chrome e Safari continuam enfrentando dificuldades de acesso.

“O Supremo Tribunal Federal (STF) está verificando as informações sobre o acesso ao X por alguns usuários. A princípio, parece ser apenas uma falha no bloqueio de determinadas redes”, informou um comunicado.

A Anatel também declarou que “não houve nenhuma mudança na decisão” e que estão “investigando os casos relatados.”

Alguns usuários relataram conseguir acessar o X através do aplicativo móvel, embora o acesso pelo navegador continue bloqueado. Além disso, há relatos de pessoas que conseguiram entrar na rede, mas foram desconectadas após poucos minutos.

Ao que tudo indica, houve uma alteração no range de IPs utilizados pela rede social X no Brasil. Normalmente, os bloqueios são implementados com base em uma lista de endereços IP que um site utiliza para ser acessado. As empresas, então, aplicam regras em seus sistemas para impedir que essas solicitações de IPs sejam concluídas.

Esse método de bloqueio é considerado o mais rápido, simples e econômico. No entanto, está sujeito a instabilidades, já que o site bloqueado pode adquirir novos IPs, como parece ter ocorrido neste caso.

A Anatel ainda não confirmou se essa questão técnica foi a responsável pelo funcionamento parcial do X no aplicativo e navegadores no Brasil nesta manhã, mesmo com lentidão e algumas limitações.

Outra medida identificada pelas empresas foi a mudança de CDN (rede de distribuição de conteúdo) por parte do antigo Twitter. Assim como a plataforma possui seus próprios IPs, os serviços distribuídos pela CDN também têm IPs específicos. Ao mudar o serviço de distribuição, ocorre o fenômeno observado nesta terça-feira.

No caso, foi detectado que o X migrou seu sistema de endereçamento (ASN) para o Cloudflare, um serviço de CDN. As empresas já começaram a bloquear o novo range de endereços identificado.