Abril já se encaminha para o seu fim e vamos nos aproximando do 1º de Maio, o Dia do Trabalhador, data da qual a esquerda (fascista ou comunista) muito se aproveita, e sobre a qual, de Vargas a Lula, sempre encontra uma excelente oportunidade para se pavonear. O que nem todo mundo sabe, no entanto, é que em 1955 essa data foi instituída pelo Venerável Pio XII como Dia de São José Operário. São José ganhou mais esta data no calendário litúrgico para servir de modelo e protetor de todos os trabalhadores.

O jovem José possuía uma inteligência privilegiada, mas frustrou as expectativas ambiciosas de seu pai ao optar por ser um simples trabalhador. Hostilizado pelo pai e pelos irmãos, saiu de casa ainda muito novo para, em paz, poder viver das habilidades às quais se sentia vocacionado, tornando-se carpinteiro e construtor. Foi com essas habilidades, inclusive, que José sustentou e proveu a Virgem Maria e o Menino Deus, e que ensinou ao jovem Jesus, que com esse mesmo ofício sustentaria a Sua e nossa Mãe até que fosse chamado a Seu destino como nosso Redentor. Nada mais justo, portanto, que São José recebesse mais este título e que nosso calendário litúrgico fosse enriquecido com mais esta festa, tornando-se o 1º de Maio, segundo o próprio Pio XII em seu discurso na Praça São Pedro naquele ano, um feriado cristão.

No entanto, desde o ano passado que não há muito o que se festejar nessa data. Junto com o vírus chinês do corona, com muito mais intensidade parece ter-se espalhado pelo mundo, e particularmente aqui no Brasil, o vírus vermelho do comunismo, do patrulhamento e do controle social, da opressão e do assassinato da liberdade. Um vírus que, controlado por tiranetes com o senhor João Doria (este sim, assim como tantos outros, digno do adjetivo “genocida”), tem destruído sonhos e histórias, e esmagado a dignidade humana por meio de uma política totalitária de lockdowns.

Refiro-me aqui ao “calça apertada” não apenas por ser ele o primeiro e maior representante do totalitarismo sanitário no Brasil, e, supostamente, o líder de todo um esquema, o chefe dos capatazes do Partido Comunista Chinês no país. Refiro-me a ele devido à dor e à ira que sinto quando penso, em especial, na Região Metropolitana de Campinas, que me acolheu por 15 anos, onde terminei meus estudos, iniciei minha vida profissional, casei e iniciei minha família. Observando um mapa da região, recentemente divulgado pelo professor Felipe Nery, com dados relativos à falência geral de tantas empresas naquelas cidades, não há como não conter essa tristeza e essa ira.

Fico pensando nos tantos amigos empresários daquela região. Os heroicos donos das últimas lojas de cds e vinis no centro de Campinas, os bares, botecos, restaurantes, lanches, carrinhos de churros e de cachorro-quente, as cafeterias, todo o pequeno próspero comércio da minha amada Pedreira, tão essencial para a manutenção daquela cidade, o turismo de que dependiam cidades dos circuitos das Águas e das Frutas, tudo devastado, tudo destruído, tudo acabado. Empresas falidas, portas fechadas, milhares de trabalhadores no olho da rua e sem perspectiva de novas oportunidades. Pais e mães de família vendo-se impossibilitados de honrar seus papéis de provedores e protetores de seus lares, privados do “pão nosso de cada dia”. Nada mais distante do espírito do 1º de Maio, nada mais avesso à Festa de São José Operário.

Neste 1º de Maio, portanto, em vez de celebrar, de festejar o que não há para ser festejado, eu rogo. Rogo a São José Operário que interceda por cada trabalhador do Brasil e do mundo que tem sido vítima do vírus vermelho do totalitarismo sanitário.

Rogo pelos empresários que abrem suas lojas à meia porta, escondidos, como se fossem eles os verdadeiros criminosos, e são surpreendidos e autuados por cínicos e sádicos agentes municipais que, a exemplo da SS nazista, estão ali “apenas cumprindo ordens e fazendo seu trabalho”; rogo pelos ambulantes que têm sido violentados e espancados, tendo suas mercadorias destruídas ou confiscadas por jagunços e carniceiros cuja coragem some quando não ostentam as fardas que desonram; rogo também pelos policiais militares e guardas municipais que têm corajosamente desobedecido decretos que, antes de serem ilegais e inconstitucionais, são imorais e desumanos – e isso têm pesado ainda mais na saúde emocional e psicológica desses agentes da lei; rogo pelos profissionais de saúde que têm estado na linha de frente das batalhas contra mais essa praga oriental, e sobretudo aqueles que têm tido a coragem de denunciar os abusos dessa ditadura sanitária nos hospitais e prontos-socorros, ainda que isso lhes custe as próprias carreiras; rogo pelos profissionais de imprensa que não se curvaram ao império da mentira e têm sido especialmente perseguidos por isso; rogo por tantos amigos cujas empresas há anos já se haviam consolidado no mercado e que agora estão fechando as portas, deixando um sem número de famílias desamparadas e à mercê de esmolas estatais que hão de minguar e acabar em breve; rogo, enfim, por todos os trabalhadores que, de uma forma ou de outra, têm sofrido na carne e/ou no espírito as consequências desse vírus vermelho e desse totalitarismo que parece não ter mais fim.

Que por sua intercessão, meu querido São José Operário, encontremos forças para resistir a esse mal e combatê-lo das melhores formas possíveis; que nossos corações possam ser confortados; e que o povo de Deus possa vislumbrar alguma esperança sob vossa proteção. São José operário, rogai por nós!

 

Rogai por todos os trabalhadores,

ó São José, de Deus grande artesão,

tomai-nos sob a vossa proteção

nas alegrias e nos dissabores.

 

Que jamais falte, aos lares, provedores

animados por vossa intercessão.

Que em suas mesas sempre esteja o pão

e Deus nos corações, e entre horrores

 

das tiranias temporais, guardai-nos

sob os vossos cuidados paternais.

A fé fortalecei-nos e animai-nos

 

o espírito ao trabalho, e que jamais,

ainda que o mundo insista em nos punir,

vosso exemplo deixemos de seguir.