“Nunca esqueceremos que eles foram os ideólogos da quarentena cavernosa que implicou, de acordo com o Estatuto de Roma de 1998 (artigo 7.k), cometer, em cumplicidade com todos os Estados que tomaram suas diretrizes, um dos crimes mais bizarros contra a humanidade da história”, disse o presidente por meio de seu perfil na rede social X.
Buenos Aires, 5 fev (EFE) – O presidente argentino, Javier Milei, defendeu na quarta-feira sua decisão de se retirar da Organização Mundial da Saúde (OMS) e acusou o órgão de ter sido “o braço executor do que foi o maior experimento de controle social da história”, em referência ao modelo de quarentena implementado durante a pandemia de covid-19.
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“Nunca esqueceremos que eles foram os ideólogos da quarentena cavernosa que implicou, de acordo com o Estatuto de Roma de 1998 (artigo 7.k), cometer, em cumplicidade com todos os Estados que tomaram suas diretrizes, um dos crimes mais estranhos contra a humanidade na história”, disse o presidente através de seu perfil na rede social X.
Nunca nos olvidaremos que fueron los ideólogos de la cuarentena cavernícola que implicó, acorde al Estatuto de Roma de 1998 (artículo 7.k) cometer, en complicidad con todos los Estados que tomaron sus directivas, uno de los delitos de lesa humanidad más estrafalarios de la…
— Javier Milei (@JMilei) February 5, 2025
“É por isso que decidimos deixar esse órgão nefasto, que foi o braço executor do que foi o maior experimento de controle social da história”, acrescentou.
A subseção do Estatuto de Roma a que ele se refere qualifica como crimes contra a humanidade os “atos desumanos” que “causam intencionalmente grande sofrimento ou lesão grave ao corpo ou à saúde física ou mental”.
A mensagem do presidente vem logo depois que seu porta-voz, Manuel Adorni, anunciou em uma coletiva de imprensa que o país sul-americano se retirará da OMS devido a “profundas diferenças” com a organização na gestão da saúde da pandemia.
“Nós, argentinos, não permitiremos que uma organização internacional intervenha em nossa soberania, muito menos em nossa saúde”, explicou o porta-voz, que esclareceu que a Argentina não recebe financiamento da OMS e considerou que a retirada da organização dará ao país ‘mais flexibilidade para implementar políticas adaptadas ao contexto e aos interesses que ela exige’.
Pouco depois, o gabinete do presidente publicou uma declaração na qual garantiu que “hoje as evidências indicam que as prescrições da OMS não funcionam porque são o resultado de influência política, não baseadas na ciência” e instou “a comunidade internacional a repensar a razão de ser das organizações supranacionais”.
O governo também enfatizou que a organização “falhou em seu maior teste decisivo” porque “promoveu quarentenas eternas sem apoio científico quando teve que combater a pandemia”.
O Executivo apontou contra a gestão da pandemia durante o governo do ex-presidente Alberto Fernandez (2019-2023), especialmente contra a contenção imposta pelo então presidente, que foi rigorosamente mantida entre março e novembro de 2020 e depois lentamente relaxada.
O anúncio de quarta-feira ocorre duas semanas depois que o presidente dos EUA, Donald Trump, assinou uma ordem executiva para retirar seu país da OMS, argumentando que seu país contribuiu com muito mais recursos do que a China para a agência.
O presidente dos EUA já havia assinado a retirada de seu país da OMS durante seu primeiro mandato na Casa Branca, mais precisamente em 2020, em meio a críticas à forma como a agência lidou com a pandemia, mas a medida nunca se concretizou devido à chegada do democrata Joe Biden ao poder em janeiro de 2021.
Com informações da EFE