No final de Maio ocorreu dentro do complexo de palácios de Hofburg, no centro de Viena, na Áustria, um evento denominado “Eat for future”, uma exposição que traz “alternativas” para uma alimentação “sustentável”. Hambúrgueres à base de plantas, larvas e outros tipos de comidas exóticas fizeram parte da exposição.
Nos últimos tempos, tanto a indústria alimentar como a mídia de massa têm feito uma propaganda massiva sobre “sustentabilidade alimentar”: mudar a forma tradicional de comermos por uma que “afete menos o meio ambiente”. A impressão que se tem é que entramos no DeLorean (carro utilizado no filme “De volta para o futuro”) e retornamos aos anos 60, onde ser vegetariano e lutar pela paz mundial era a moda da vez.
Contudo, os que têm aderido à agenda da “alimentação sustentável” não fazem ideia de que estão apenas sendo utilizados como fantoches por figurões do alto escalão mundial, que querem impor um sistema de controle social que começa pelo estômago. E nas linhas que se seguem, vamos entender, de forma mais profunda, a origem e os caminhos que este controle tomou até chegar em nossos dias.
Em 1967, um grupo de especialistas produziu um relatório denominado “Report from the Iron Mountain on the Possibility and Desirability of Peace” (A Paz indesejável: O relatório da Montanha de Ferro). O Relatório afirma que a guerra desempenhou funções importantes na sociedade. Sua conclusão é: a guerra se tornou impossível. É necessário encontrar o que possa substitui-la.
O Relatório aborda cinco funções exercidas pela guerra:
- Econômica
“A guerra fornece (…) um meio certo de realizar a estabilidade e o controle das economias nacionais.”
- Política
“As funções políticas da guerra são, até agora, ainda mais importantes no âmbito da estabilidade social”.
- Sociológica
“Funções que concernem ao comportamento humano na sociedade (…) A existência de uma ameaça externa que possa ser crível é, por consequência, essencial para a coesão social, assim como para a aceitação de uma autoridade política.”
- Ecológica
“A guerra foi o principal fator de evolução que permitiu manter um equilíbrio ecológico entre imensas populações humanas e os recursos que se encontravam à disposição para assegurar a sua existência.”
- Cultural e Científica
“A tendência à guerra determinou os critérios fundamentais de valor nas artes de criação e forneceu sua principal fonte motivacional que conduziu ao progresso técnico e científico.”
O próprio Relatório apresenta os “substitutos” que seriam ideais para preencher a lacuna deixada pela guerra:
1. Economia
a) um programa de bem-estar social
b) um ilimitado programa espacial de investigações espaciais
2. Política
a) uma força internacional de polícia
b) ameaça extraterrestre conhecida e admitida
c) poluição massiva do meio ambiente
3. Sociologia
a) forma moderna e evoluída de escravidão
b) poluição intensificada do meio ambiente
c) novas religiões e outras mitologias
4. Ecologia
a) programas conhecidos de formas de eugenia
O Relatório causou um alvoroço tão grande que, na época, a Casa Branca, sob a liderança de John Kennedy, veio a público desmentir a autenticidade do mesmo. Porém, o economista John Galbraith publicou um parecer sobre o documento atestando sua veracidade:
“Para mim, tudo isso não deixa pairar qualquer dúvida sobre a autenticidade do documento. Não poderia lhe ser dado mais confiança, se eu mesmo o tivesse escrito”
Um detalhe que John menciona em seu parecer: ele relatou que foi convidado para participar de uma reunião em Iron Mountain, estado de Nova Iorque. E que:
“…Iron Mountain era o quartel general do comitê de seleção criado pelo Chase Manhattan Bank”
Ou seja: quem selecionou as participantes que escreveram o Relatório foi o banco em questão, que pertence à família Rockefeller.
Com um viés totalmente revolucionário, o Relatório não demonstra preocupação com nenhum dos itens apresentados, mas com a maneira de exercer controle total sobre os mesmos, o que permite justificar o totalitarismo. Com o escândalo que causou à época, o Relatório caiu em descrédito por várias razões, pois suas referências científicas foram muito pouco consideráveis. Contudo, as ideias de dominação totalitária presentes no documento foram levadas adiante.
Em 1970 (dois anos após a divulgação do Iron Mountain), George Kennan escreveu um artigo para a revista Foreign Affairs, pertencente ao Concil on Foreign Relations (CRF). Nele, Kennan, que foi ex-embaixador dos Estados Unidos na URSS, retomava as principais teses do Relatório.
Aqui inicia-se a empreitada ambiental.
“Cientistas competentes se preocupam com a influência da superpopulação, com a devastação dos recursos naturais e da mecanização sobre a integridade do meio ambiente natural, do qual depende a nossa sobrevivência (…) torna-se evidente de que se as tendências atuais se prolongarem, a vida na Terra poderá ser ameaçada.”
Kennan conseguiu resolver a equação presente no Relatório de 1967, ao centralizar todos os esforços no meio ambiente. Com o foco na ameaça ecológica, os demais itens são supridos: esta “ameaça” produz despesas “que não se deveria subestimar”; levará à instauração de um regime totalitário (a criação de um comitê onde todos os esforços fossem centralizados); uma oligarquia formada por cientistas, intelectuais; o retorno ao panteísmo, com a adoração à Gaia, sob o manto de “proteção do meio ambiente” de maneira desenfreada. E a partir deste documento uma série de relatórios e conferências foram feitas tendo o tema ecológico como plano principal, porém, com o totalitarismo escondido em suas premissas.
Em 1972 foi realizada a Conferência Internacional de Estocolmo. Nela, termos como “redefinição de projetos civilizacionais”, “ética ambiental”, “ensino e educação”, e “superpopulação” foram utilizados. A lema do evento: “Uma só Terra! Limite ao crescimento!”. Na reunião, a discussão foi sobre a criação de uma Nova Ordem Econômica Internacional.
No mesmo ano, o Clube de Roma patrocinou um relatório denominado “Limite ao crescimento?”, que caiu em descrédito por apresentar previsões datadas de um Apocalipse que não aconteceu. Porém, o documento, apresenta, assim, como o de Kennan, uma preocupação com o crescimento populacional: “A humanidade não pode continuar a proliferar.” Além disso, também aborda o efeito estufa: “Se as necessidades de energia estiverem um dia cobertas pela energia nuclear ao invés dos combustíveis fósseis, o aumento da concentração de CO2 cessaria consideravelmente, e isto – espera-se – depois que não se manifestarem os efeitos climatológicos ou ecológicos mensuráveis em escala mundial”.
Finalmente, a ONU criou uma comissão específica – Comissão Mundial sobre Meio Ambiente e o Desenvolvimento – , que era uma das metas do Relatório Iron Mountain. Em 1988, a Comissão elaborou um documento intitulado “Nosso futuro comum”, que estabeleceu metas diretas para “preservação” do meio ambiente:
• Limitar do crescimento populacional;
• Garantia de alimentação em longo prazo;
• Preservação da biodiversidade e dos ecossistemas;
• Diminuir o consumo de energia e promover o desenvolvimento de tecnologias que admitem o uso de fontes energéticas renováveis;
• Aumentar a produção industrial nos países não-industrializados à base de tecnologias ecologicamente adaptadas;
• Controlar a urbanização selvagem e integração entre campo e cidades menores.
De acordo com o documento, as soluções propostas não podem ser executadas pelas presentes instituições internacionais. Então, a solução sugerida é “A soberania nacional deve ser superada”. Ou seja, um controle global deve ser exercido para que as metas sejam alcançadas. Vale ressaltar que 16 dos 23 membros da Comissão possuíam orientações ideológicas progressistas, como um membro soviético, um membro do Comitê Executivo da República Socialista da Eslovênia, um comunista chinês e um membro do Clube de Roma.
Em 1991, o Clube de Roma reaparece, desta vez elaborando um relatório chamado “Questões de sobrevivência – A revolução mundial começou” (título em francês). O documento trouxe um programa de reformas mundiais, sugerindo que toda gestão ficasse à cargo da ONU. E mais uma vez, o “combate” à superpopulação entra em cena. Além disso, outra sugestão do relatório é “refundar os valores éticos e espirituais” (lembrem-se do Relatório Iron Mountain que trouxe isso à baila).
No ano seguinte, 1992, aconteceu o maior evento climático já visto, a Conferência do Rio. Líderes de 185 países estiveram presentes para discutir os “problemas” ambientais. Porém, nas linhas do documento que apresenta os Princípios da Conferência, fica claro que o objetivo é coagir as nações a entregarem sua soberania, sob o pretexto de “preservar” a biosfera. Eis alguns trechos:
Princípio 1 – “(Os seres humanos) Têm direito a uma vida saudável e produtiva, em harmonia com a natureza”
Princípio 8 – “(…) Os Estados devem reduzir e eliminar os padrões insustentáveis de produção e consumo, e promover políticas demográficas adequadas.”
Princípio 12 – “(…) Devem ser evitadas ações unilaterais para o tratamento dos desafios internacionais fora da jurisdição do país importador”
Princípio 15 – “(…) quando houver ameaça de danos graves ou irreversíveis, a ausência de certeza científica absoluta não será utilizada como razão para o adiamento de medidas economicamente viáveis para prevenir a degradação ambiental (…)”
Percebe-se que as soluções propostas são as mesmas das outras de outros Relatórios e Conferências, com o agravante de que estes Princípios são muito mais ambiciosos, e agora adotados pelas mais altas autoridades mundiais.
Na página 460 dos Princípios, há algo interessante que merece nossa atenção: “Os meios de comunicação permitirão modelar o comportamento público”. A mídia exerce um papel fundamental na divulgação das ideias progressistas, de forma que estas sejam aceitas no seio da sociedade.
Para ajudar nesta questão, foi criado em 1995 o Project Syndicate, uma espécie de sindicato mundial de jornalistas. Financiado por globalistas como George Soros e Bill Gates, o grupo “distribui artigos de opinião para veículos de comunicação de mais de 59 línguas diferentes, em 154 países e nos 492 jornais mais influentes do mundo, atingindo um total de tiragens de mais de 78 milhões de exemplares.” (“Project Syndicate: o oráculo de George Soros”, Cristian Derosa e Alex Pereira, para o livro “Introdução à Nova Ordem Mundial”, de Alexandre Costa).
Esse é o ponto: com a lavagem cerebral feita pela mídia de massa, o processo de aceitação de mudanças de comportamento, com a desculpa de “salvar o meio ambiente”, é facilitado. Então, surgem artigos e mais artigos dizendo “Insetos são muito bons para consumo humano e seu consumo ajuda a salvar o meio ambiente”, ou, “Comer carne vermelha torna a pessoa violenta”, e ainda, “A pecuária ajuda no aumento de emissão de CO2, o que prejudica o meio ambiente”. E assim, a agenda é empurrada de forma sutil na sociedade, de forma que não é mais o indivíduo que escolhe sua alimentação, mas é o sistema que escolhe por ele. E o controle segue para demais áreas de sua vida, porque quem decide o que você pode comer também pode decidir quanto você pode comprar, aonde pode ir, entre outras coisas.
O Relatório Iron Mountain, assim como os demais e as conferências também realizadas, têm obtido êxito em seus feitos, já que a população aceita toda sorte de controle sem questionar. E assim, o controle social, quem diria, inicia-se pelo estômago de dada um que diz “amém” a tudo o que se denomina “pelo bem da natureza”.
Parabéns, Danielly!
Ótimo texto!
Enquanto isso… vamos (eu tô fora hein!) comer insetos…
e é claro:
“Vamos salvar o planeta do mal, aposto que vai ser legal” – Xuxa-xá-xá-xá, resgatada das sombras pelos “Brasileirinhos” no “Não Tenhais Medo”, episódio 1.
#EuVimDoPHVox
Assustador!