Publicado na Revista A Verdade 10 de maio de 2022
Estamos presenciando uma grande retomada da esquerda na América Latina, principalmente por partidos e agentes políticos ligados ao Foro de São Paulo. Venezuela, Chile, Argentina, Bolívia, Nicarágua, Honduras, México e Cuba. Este grupo de nações pode ter um novo incremento neste mês de maio com a Colômbia, onde Gustavo Petro, que foi membro do grupo guerrilheiro de esquerda M-19 e governou a capital colombiana entre 2012 e 2015, tem 43,6% das intenções de voto.
Todo este movimento possui uma forte aliança das forças de esquerda fora até mesmo da América Latina que oferecem as condições ideais para que estas forças políticas ganhem cada vez mais espaço.
O primeiro deles é na área econômica através da China. O país asiático vem estabelecendo fortes laços financeiros com todos estes países citados, oferecendo garantias de grandes investimentos na infraestrutura destas nações caso os candidatos por eles apoiados vençam as eleições. Isto possibilita um grande volume de promessas eleitorais e benesses estatais para países que tiveram suas economias atingidas fortemente pela pandemia, com uma população cada vez mais empobrecida e sofrendo com os grandes níveis de inflação. Recentemente apresentei um estudo profundo de como o País de Xi Jinping vem transformando as alianças políticas através da economia e acelerando sua zona de influência e apoio aos partidos do Foro de São Paulo.
Esse intercambio vai além do campo econômico. Já existe um plano delimitado e divulgado para substituir a OEA (Organização dos Estados Americanos) no campo das relações internacionais pela CELAC, onde a China já foi declarada como uma das principais parceiras do bloco, que também promete excluir os EUA e o Canadá.
Para uma reformulação completa do continente, será necessário mais uma perna neste tripé, que é o pode bélico militar. Esta campo vem sendo ocupado pela Rússia de Vladimir Putin. Recentemente o ministro das Relações Exteriores Russo Sergei Lavrov, reforçou em audiência na Duma (Parlamento Russo), que o Presidente russo Vladimir Putin em seus recentes telefonemas com os líderes de Cuba, Nicarágua e Venezuela – Miguel Diaz-Canel, Daniel Ortega e Nicolas Maduro – viu olho no olho deles o reforço da cooperação estratégica em todos os campos, que incluem a economia, bem como cultura, educação e militar.
Lavrov, em meio a invasão da Ucrânia, encontrou-se na Turquia com a Vice-Presidente da Venezuela Delcy Rodriguez. Após este encontro, a Venezuela iniciou uma escalada militar na fronteira com a Colômbia, sob o pretexto de combater o narcotráfico na região, boa parte do aparato militar é de origem iraniana patrocinada por Moscou. Neste meio tempo, um dos homens fortes do Chavismo, Disodado Cabello sugeriu uma invasão militar semelhante à realizada na Ucrânia para “descocainar” a Colômbia. É importante lembrar que a Venezuela é o maior Narco-Estado do planeta, onde conta com o Cartel de los Soles, coordenado e comandado pelos generais do País.
Observado todo este cenário posto e pronto, podemos chegar à conclusão de quão perigosa é a volta do cofundador do Foro de São Paulo, Lula, ao poder no Brasil. Este perigo obviamente não atinge somente nosso país, mas toda a região e até mesmo outros continentes, tendo em vista a importância do Brasil em diversos setores, tendo maior destaque o agronegócio. Recentemente, o embaixador argentino na Bolívia declarou em uma carreata, ao lado do ex-presidente Evo Moralez, que “esperamos que o camarada Lula volte a governar o Brasil e regenere o projeto de grande pátria que tínhamos até recentemente.”
O Brasil, mais do que último pilar da democracia, hoje significa a última esperança de liberdade para um continente inteiro.
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