Compilei cinco conselhos de grandes mestres para uma melhor contemplação e compreensão de obras de arte, que transmitem sensações várias (o que chamamos de estética), ensinamentos e prazer:
Revista-se de humanidade: “[…] o que chamamos de “obras de arte” não são fruto de alguma atividade misteriosa, mas objetos criados por seres humanos para outros seres humanos” — E. H. Gombrich in A História da Arte
Desenvolva “o gosto”: “O problema da beleza é que os gostos e parâmetros que definem o que é belo são muito variados […] O antigo adágio de que gosto não se discute pode até ser verdadeiro, mas não deve esconder o fato de que também o gosto pode ser desenvolvido”. E. H. Gombrich in A História da Arte
Seja humilde: “[…] para apreciarmos tais obras, há que ter um espírito leve, pronto a captar sugestões mais sutis e a responder a cada harmonia oculta; sobretudo, um espírito que não esteja atravancado de palavras pomposas e frases-feitas. É infinitamente melhor não saber nada de arte do que acalentar aquele tipo de meio conhecimento propício à afetação”. E. H. Gombrich in A História da Arte
Entre em um acordo com o artista: Chesterton disse a respeito dos poemas (mas que pode ser sugerido para demais artes): “[…] concordeis […] que determinadas coisas devam ficar entendidas entre vós, que certas afirmações deverão ser feitas, e que algumas objeções não deverão ser feitas. […] se um homem comunica sua grande surpresa nas palavras “Por Júpiter”, não o censuramos por admitir a existência de uma divindade pagã e desacreditada.” G. K. Chesterton in Como ler poesia
Suspenda seus preconceitos: “O que ouve mais bobagem no mundo é talvez uma pintura de museu” — Irmãos Goncourt
Ao avaliar um estudo do crítico inglês I. A. Richards, Otto Maria Carpeaux nos ensina que, para a boa compreensão de uma obra é preciso suspender os nossos “estoques de respostas, sobretudo os de ordem ideológica:
“Por força das ideologias, estamos impedidos de ler no dicionário do Cosmos, de “construir o mundo”. As ideologias opõem-se à ordem. E um caso especial dessa resistência ideológica é a nossa atitude caótica perante a suprema ordem das palavras, a poesia”. Otto Maria Carpeaux in Poesia e ideologia
A obra de Anderson C. Sandes e Diogo Cruxen, “Arte & Guerra Cultural: preparação para tempos de crise”, está em seu pré-lançamento com o apoio do Instituto Brasileiro de Estudos Sociais, Educação e Cultura (IBESEC), e pode ser adquirida através do link abaixo:
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