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Diálogo e articulação política, o uso revolucionário da linguagem

Já há muito tempo soa falso aos nossos ouvidos o emprego de certas palavras, como diálogo e articulação política. Podemos notar como certas palavras são sempre manipuladas de modo forçado por alas da imprensa, ganhando assim outro significado.

Exemplos não nos faltam: Articulação, diálogo, democracia, pluralidade de ideias. As palavras são deturpadas para que tenham um novo significado próprio, tendo o politicamente correto como seu maior apoio.

 

Como funciona o ardil revolucionário

O escritor, conferencista, advogado e professor catedrático Plínio Corrêa de Oliveira em sua obra “Baldeação ideológica inadvertida e diálogo” escrita em 1965, já denunciava esta prática utilizada pelo movimento revolucionário, prática esta a qual ele empregava o termo: palavras talismã.

A simples evocação de uma palavra pode definir os limites de um debate de ideias e jogar para o “corner” oposto o seu adversário. Seguem alguns exemplos:

  1. “Sou a favor do diálogo“, presume-se que o sujeito é um ser de moral elevada e contemplativa, já seu interlocutor um mero truculento.
  2. “É necessário articulação política“, dando a clara impressão que uma das partes não tem o desejo de resolver as questões em pauta, quando na verdade a única coisa que espera-se por articulação são benesses e afagos ao ego – e possivelmente ao bolso – alheio.
  3. “Precisamos de pluralidade de ideias“, utilizado para disseminar pensamentos e agendas nefastas para grupos que não estão alinhados, mas quando estes mesmos grupos tentam opinar ou expor suas ideias são prontamente taxados dos mais diversos e abstratos adjetivos: fascistas, homofóbicos, reacionários, nazistas, racistas, misóginos e toda sorte de adjetivos possíveis.

Dominar e entender a importância da linguagem é algo primordial, aprendi isto com o grande professor Sidney Silveira, que mostrou-me que entender a beleza e nuances por trás de cada palavra, pode fazer toda a diferença em como você fala e também ouve.

Leia, compreenda e aprofunde o seu estudo da linguagem, esta é a melhor forma de não ser utilizado como massa de manobra ou ser abocanhado por retóricas nefastas que no fundo, só querem lhe utilizar como um mero peão no tabuleiro de xadrez.

Recomendo também a leitura do artigo Desinformação midiática: o processo de manipulação da opinião pública.

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