No último dia 24 de abril, a escola de samba Rosas de Ouro levou um destaque em seu carro alegórico, onde, o Presidente Jair Bolsonaro era vacinado e virava um jacaré. O fato tomou as redes sociais e o próprio presidente chegou a comentar sobre o caso em seu twitter. Mas, além da polêmica do primeiro momento, temos muito a observar por trás deste caso. Alerto ao leitor mais afoito que este artigo não se trata de um panfleto político, mas sim de uma análise de engenharia social.

Precedentes históricos

As Escolas de Samba foram uma imposição forçada por Getúlio Vargas para criar uma nova identidade cultural no Brasil, processo iniciado na Proclamação da República de forma moderada, mas essencialmente necessária para o ditador do Estado Novo. A finalidade era utilizar estas agremiações como peças de propaganda do então governo, tratando de temas selecionados pela classe política, novas imposições culturais que deveriam ser aceitas ou mesmo planos relacionados ao governo para isso.

As Escolas de Samba também possuem em seu histórico recente polêmicas onde Jesus Cristo fora retratado sendo derrotado e arrastado pela “avenida” pelo demônio. Financiamento de desfile por ditaduras africanas. Promoção de pautas identitárias e tantos outros casos.

Muito além da “crítica social”

Em uma primeira camada, a figura do presidente é utilizada para a finalidade do jogo eleitoral, onde a sua figura é colocada para representar um inimigo do povo e da saúde, um homem que nega a realidade e é satirizado “pela cultura”. Para isso foi utilizado como pretexto uma declaração do Presidente da República em dezembro de 2020 onde falava sobre as cláusulas contratuais impostas pela Pfizer, que não teria responsabilidade alguma sobre os efeitos da vacina aplicada à população e o governo deveria assinar este termo.

Em um processo mais aprofundado, este mesmo movimento de “crítica social” à classe política, serve para silenciar todos aqueles que tem dúvidas sobre o medicamento que será injetado em seu corpo. A mensagem é clara: “Fale algo contra e será posto à humilhação pública”.

Isso é uma arma de subversão e controle poderosa! Veja:

Se criticar o desfile: é um troglodita inculto.

Se ficar indignado: É bolsonarista e reduzido a um mero torcedor político.

Se morder a isca do tema: Fica com medo de se levantar contra a supressão do seu direito de livre escolha.

Se não liga para o tema: Tende a fazer parte do coro que persegue os demais.

E assim por diante…

O processo revolucionário trabalha em várias frentes e profundidades movendo sensações e emoções das populações. Um dos grandes resultados da corrupção da linguagem é fazer com que as pessoas não raciocinem sobre o que leem, mas que desenvolvem sentimentos baseado em impressões.

No campo do carnaval, As agremiações de samba fazem “escola” promovendo a degradação da família, denigrem a imagem de Cristo, usam a figura do Presidente como ponta de lança para avançar contra pessoas preocupadas com seus direitos etc.

A direita e a origem das ideias

Em outra via, agentes no campo da direita política, trabalham para elevar novamente a imagem de Getúlio Vargas como um grande homem e político, em uma tentativa de doutrinar os conservadores brasileiros à sua visão ideológica fascista. O mesmo Vargas que sufocou e forçou uma cultura artificial no Brasil e que é utilizado como um tentáculo revolucionário de subversão da cultura, costumes e valores morais da sociedade.

Quem não conhece sua história e acima de tudo a origem de suas ideias, tende a ficar preso neste círculo vicioso, dançando a música que as várias ideologias revolucionárias nos impõe, fazendo o papel da “direita dançante”. Que em suma é: se indigna, se revolta, faz barulho e até avança. Mas está somente sendo parte de um esquema viciado de ideias da esquerda, que, cria um problema atrás do outro, fazendo com que o problema de fato não seja visto e, no fim, avancem com a corrupção moral das sociedades, culminando no campo político.