Há poucos dias (08/03/2023) vimos o deputado Nikolas Ferreira pronunciar-se na câmara dos deputados contra os absurdos da imposição da agenda progressista usando uma peruca amarela. Rapidamente, em discursos inflamados e hipócritas, próceres da nova esquerda revolucionária “desperta”[1] levantar-se imediatamente para exigir, como seus antecessores franceses, a cabeça do deputado no altar da “luminoso” da nova sociedade que eles tanto desejam implantar.
Antes de tudo, gostaria de deixar muito claro que minha intenção neste breve artigo não é discutir a estética do discurso do deputado, ou mesmo a falta de memória dos comunistas ao referendarem atos abjetos de extermínio em massa de homossexuais seja por seus “avós” Ernesto “Che” Guevara, Stalin ou Fidel Castro, os quais “sanatórios e casas de repouso” para gays, colocando-os junto a portadores do vírus da AIDS em verdadeiros depósitos sub-humanos; ou ainda pelos iranianos, atualmente seus amigos pelo visto, que ainda hoje arremessam gays do alto de prédios em forma de punição capital. Aqui quero chamar atenção para algumas consequências sociais geradas para um ponto de convergência narrativa que todos os opositores do então “deputade Nikole” trouxeram: a criminalização da transfobia.
Sabemos muito bem como os revolucionários agem quando querem impor sua agenda totalitária nos dias atuais, atuando de uma forma psicologicamente truculenta e desleal dado seu aparato de suporte midiático. Inventa-se um direito ou um crime e age-se como se ele já existisse, mesmo que não haja uma única lei ou tipificação penal, decorrendo-se então uma enxurrada de assédios judiciais até que a sociedade esteja completamente dessensibilizada, as vezes até já adestrada, para aceitar com certa “naturalidade” uma lei absurda de modo que a aprovem com louvor, façam ouvidos moucos ou simplesmente sintam-se coagidos pelos apoiadores a emitir uma opinião contrária. Exemplos históricos desse tipo não faltam, especialmente se olharmos a revolução nacional-socialista empenhada na Alemanha pelo Partido Nacional-Socialista dos Trabalhadores Alemães. Começando pelo escárnio público de judeus, passando pela promoção de políticas que simplesmente tornavam-nos cidadãos de segunda classe ao ponto de isolá-los em guetos, como os de Varsóvia na Polônia, chegando ao fatídico e abominável ano de 1941, quando foi implementado a deplorável “Solução Final para causa judaica”. Notem que o processo de arrefecimento dos sentidos para as populações não implica na concordância total com as medidas. Basta uma minoria barulhenta e muito bem articulada criar factoides e narrativas em torno de um tema e, aliado com o aparato massivo de propaganda, ganhando artificialmente aspectos de um “consenso social” suficiente para tocar em frente a marcha para o abismo da maldade e do morticínio.
Quando vemos em nosso país a invenção de tipos penais absolutamente do nada e imposto mediante coação e linchamento público – atualmente chamado “cancelamento” – podemos ter certeza da impossibilidade de exercermos o direito de expressar livremente idéias publicamente. Ainda mais quando tais arroubos são referendados por membros de cortes superiores comprometidos com agendas políticas em tons escandalosos de parcialidade – usurpando poderes constitucionais das casas legislativas, inclusive.
Você pode até não concordar com os métodos usados pelo deputado Nikolas de comunicar-se ou sua forma de ação. Você tem todo o direito de achá-lo um perfeito idiota ou um “garoto insensato”. O problema aqui é quando ser um idiota torna-o criminoso e réu num “tribunal” onde o acusador, júri e executor não apenas são os mesmos, mas composto por homens vestidos de mulher que impõe aos seus sentidos algo que sua percepção rejeita através de uma violência psicológica digna dos campos siberianos, ou ainda a pupila de um vigarista que fez mais uma “contabilidade criativa” para fraudar bilhões do mercado financeiro. Quando esse tipo de gente te acusa de ser o que eles, bem lá no fundo, são é sinal que o colapso social é inevitável.
Caso desejemos viver num lugar onde minimamente uma opinião seja tolerada e que as pessoas não sofram punições por dizerem o que pensam, é indispensável que uma atitude seja tomada para coibir esse tipo perverso de ação revolucionária. Do contrário, a única pergunta que poderemos fazer será o número do artigo no código penal que irá tipifica o crime de ser idiota.
[1] “Desperto” aqui refere-se ao termo inglês “woke”, utilizado pelos esquerdistas americanos para definir sua agenda.
Excelente! Grande Loreto!
Muito bom!