No último dia 03 de abril de 2023, o governo Lula aboliu a Ordem do Mérito da Princesa Isabel, criada em 2022 pelo então presidente Jair Bolsonaro. Em seu lugar, foi criado um prêmio que leva o nome do escritor negro e abolicionista Luiz Gama.
A vice-ministra do governo do PT, Rita Oliveira, declarou em nota:
“Não é que uma pessoa branca não possa fazer parte da luta antirracista, mas de reconhecer um negro abolicionista como defensor dos direitos humanos”.
Mas, a princesa Isabel “só” assinou a lei Áurea?
Princesa Dona Isabel, foi dos maiores expoentes abolicionistas do Brasil. Promovia festas e jantares para vender as joias e bens pessoais dela e de sua mãe, a Imperatriz Dona Teresa Cristina, para financiar a luta abolicionista.
Era comum negros fugitivos procurar a Princesa em busca de auxílio, que ela oferecia, muitas vezes os escondendo em anexos do Palácio, gerando grandes problemas políticos à época.
A Lei Áurea não foi um decreto feito em uma canetada. Foi fruto de um grande esforço parlamentar no senado Imperial, onde muitas vezes o projeto de lei quase foi derrotado. O seu empenho pessoal e patrocínio da causa foi determinante nos bastidores para que o projeto fosse aprovado.
Após a aprovação da lei, com o Rio de Janeiro em festa, ela ouviu do Barão de Cotegipe: “A senhora acabou de redimir uma raça e perder o trono!” bradou, insatisfeito. Em resposta, Dona Isabel afirmou: “Se mil tronos eu tivesse, mil tronos eu daria para a libertação dos negros”.
Sabendo do risco de Família Real perder o trono, Princesa Dona Isabel foi ao santuário de aparecida, levou consigo uma réplica em miniatura do modelo que seria sua futura coroa de Imperatriz do Brasil, entregou a coroa à Nossa Senhora Aparecida e disse: “lhe ofereço esta coroa igual a que seria a minha, e caso eu não sente no trono do Brasil, que a Senhora governe o Brasil como sua perpétua Rainha”.
De fato, após um golpe de Estado na calada da noite, perpetrado pelo exército, lojas maçônicas e o inexpressivo Partido Republicano, a família real foi expulsa do Brasil. Dom Pedro II, pai de Dona Isabel, levou consigo um punhado de areia das praias do Rio de Janeiro, que foi enterrado junto com ele, que sempre dizia que era o seu pedacinho do Brasil que o acompanhava, terra tão amada pela família Imperial.
Anos depois, o então Papa São Pio X, tomou conhecimento do ato de coroação feito pela Princesa Isabel e chancelou oficialmente Nossa Senhora Da Conceição Aparecida como Padroeira e Rainha do Brasil.
Esta é uma pequena fração da luta e sacrifício da Princesa Isabel pela liberdade no Brasil, independente de cor e raça, acreditava que todo ser humano era livre, sacrificou tudo por isso.
Enquanto nós, brasileiros que amam sua pátria, mantivermos acesa a nossa história, nenhum projeto de partidos revolucionários a apagará.
Viva Dona Isabel! Princesa e Redentora do Brasil.