A medicina cubana sempre foi utilizada como propaganda do regime castrista ao longo das décadas. Um processo de propaganda ideológica sempre foi utilizado para fortalecer esta imagem para o mundo. Inclusive sendo matéria de argumentação em debates político-ideológicos no Brasil durante décadas, como prova da igualdade de oportunidades conquistadas pelo regime socialista, onde todos os cubanos têm a possibilidade de serem grandes médicos e de ter acesso pleno à saúde. Seria isto verdade?
A primeira vez que os médicos cubanos foram explorados como ferramenta de sustentação do regime comunista foi em 1999 na Venezuela de Hugo Chávez, que assinou termo de compromisso com Fidel Castro que assumia o contingente de 12 mil médicos.
No primeiro mandato do governo Lula, uma missão oficial do governo no ano 2004 foi enviada por 10 dias para Cuba para observar e avalizar o ensino na Ilha. O médico Dr. Edson de Oliveira Andrade, à época Presidente do Conselho Federal de Medicina (CFM) produziu um relatório com riqueza de detalhes expondo os problemas que observou
A principal constatação foi de que o médico cubano não é incompetente, mas limitado pelo Estado comunista, para que assim não tenha condições de exigir do governo aquilo que ele não pode oferecer. Limitando os cuidados da população e o pleno avanço da categoria. Por outro lado, os comunistas ofereciam estudo de medicina diferenciado para os residentes vindos dos EUA.
Não deu certo em 2004, mas tentariam de novo: No Brasil, com a eclosão das manifestações populares de 2013, a então Presidente Dilma Rousseff aproveitou a demanda das ruas por melhoras no Sistema Único de Saúde (SUS) e implementou o programa Mais Médicos a nível federal.
Logo no início do programa surgiram debates quanto à remuneração dos profissionais. O governo do PT, através do então Ministro da Saúde Alexandre Padilha, afirmou que os médicos teriam salário integral + um bônus de até 50% de uma bolsa de R$10.000,00.
Em 2015, reportagem da rede bandeirantes divulgou conversa entre a coordenadora da OPAS (intermediadora do Mais Médicos) e e funcionários do ministério, que mostrava o caráter ideológico do programa. Além de depoimentos, áudios e trocas de mensagens, revelaram que médicos cubanos viviam quase como escravos no Brasil.
Após a eleição do Presidente Jair Bolsonaro em 2018, a ditadura cubana rapidamente retirou seus médicos do Brasil. Cancelou o contrato com o Brasil que iria até o fim de 2019. O Presidente eleito ofereceu asilo político para todo médico cubano que quisesse permanecer no Brasil
Segundo o Tribunal de Contas da União, o Brasil pagou quase 7 bilhões de reais para a Cuba durante a existência do programa. Conheça estes e muitos outros fatos primordiais para compreender o atual cenário político do Brasil e da América-Latina no livro “O mínimo sobre o Foro de São Paulo”.
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