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Brasil

Na imprensa, tudo se resume a dinheiro?

Já há algumas décadas a imprensa brasileira seleciona onde será feito jornalismo e onde será feita propaganda. De maneira geral, sempre estivemos imersos nesta situação sem nos darmos conta, como um peixe não percebe a água que o envolve. Todavia, com a estrutura horizontal da internet, cada vez mais pessoas foram se dando conta de que estavam em um aquário de informações.

Hoje, muitos brasileiros estão escandalizados (com toda razão) com o nível de mentiras e meias verdades fabricadas pela mídia nacional para desestabilizar o atual governo do Presidente Bolsonaro.

A estrutura que envolve a imprensa passa por algumas camadas que fogem do lugar comum do “topa tudo por dinheiro”, ou como vem tornando-se chavão no Brasil “as tetas secas”. Afinal, o dinheiro é um meio, mas não um fim.

Neste complexo jogo, existem aqueles que se aproximam de um governo por interesse na exclusividade das pautas, existem aqueles que se aproximam para fazerem parte do jogo de poder e influência. Também existe aqueles que são funcionários de políticos, como é com a maioria das rádios espalhadas pelo Brasil, afiliadas de televisão e alguns veículos de mídia impressa. Ainda há aqueles que são contratados por grandes grupos empresariais para manipular as informações de forma que favoreçam os seus negócios.

Mas também existe um perfil, que acredito ser o da maioria esmagadora, que é o do militante ideológico, mas conhecido como o intelectual orgânico tão bem definido Antonio Gramsci. Aquele que não veste as cores de um partido, que não carrega bandeiras e nem vai seguir o político onde este for. Mas ele trabalha por um projeto maior (que independe do nome sentado na cadeira presidencial), desde que este ocupante do assento comungue com este projeto suprapartidário que é chamado de movimento revolucionário. Assim percebemos que quando necessário estes agentes trabalham em conjunto por esta causa maior, iluministas com comunistas, globalistas com liberais, liberais com comunistas, iluministas com globalistas e assim por diante.

Mas engana-se quem acha que este processo é novo, ou um mal de nossos tempos. Em verdade, desde que a prensa de Gutemberg foi inventada no século XV (ano de 1450), o processo de desinformação é aplicado como tática política. Os espanhóis sofreram na pelo com a ‘Leyenda Negra’ (Lenda Negra), que nada mais era que um processo interno de desinformação que se iniciou para desestabilizar a unidade da coroa espanhola e o clero com o povo. A Igreja virou a maior estrutura organizado de torturas e matanças, enquanto a coroa foi acusada de dar genocídio nas américas. Obviamente o processo ganhou força, aumentou e muito e foi utilizado pelos inimigos espanhóis como tática de guerra híbrida, principalmente pelo império britânico ao longo dos séculos XVI, XVII e XVII.

Uma gravura de propaganda de 1598, de Theodor de Bry, supostamente retratando um espanhol alimentando seus cães com crianças indígenas. As obras de De Bry são características da propaganda antiespanhola que se originou como resultado da Guerra dos Oitenta Anos.

 

A questão no fim é maior que o próprio Presidente Bolsonaro, mas sim o obstáculo que ele representa a diversos interesses, que como dito anteriormente, vão muto além do dinheiro. Acredito que a máxima que materializa a filosofia de Saul Alinsky (mentor de Hillary Clintos e Barack Obama) nos ajuda entender as entrelinhas deste processo: “A questão nunca é a questão, a questão é sempre a revolução”.

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