Publicado originalmente pelo Instituto Liberal RJ e MSM 06 de abril de 2005
Em plena campanha presidencial brasileira em 2002, o Prof Constantine Menges, do Hudson Institute, previu que com a eleição de Lula estaria formado um novo eixo do mal: o latino-americano, constituído por Havana-Caracas-Brasília. Seu estudo estava baseado nas atas do Foro de São Paulo, o que levava a antever ainda, o apoio destes três governos a movimentos similares na Bolívia, Equador, Argentina, Uruguai e Peru, para “recuperar na América Latina o que fora perdido na Europa do Leste”.
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A cada dia que passa percebe-se como suas previsões estavam acertadas. Na Venezuela a “Revolução Bolivariana” de Chávez, segue de vento em popa restringindo a liberdade de informação, caminhando celeremente para a abolição da propriedade privada, apoiando a narco-guerrilha colombiana e, principalmente, fornecendo petróleo para sustentar o moribundo regime comunista cubano.
No Brasil o governo petista vai mais lentamente no mesmo caminho. Como não estamos montados em petróleo é preciso manter uma rígida política econômica que atraia investimentos e enriqueça banqueiros, às custas de sufocar as empresas privadas através de juros escorchantes e brutal aumento da carga tributária. Ao mesmo tempo estimula a invasão de propriedades rurais produtivas. Enquanto são criados inúmeros programas “sociais” que não saem do papel, o dinheiro para Cuba flui como em cachoeira, complementando o petróleo venezuelano.
A estratégia do Foro de São Paulo – inspirada pelo eterno Comandante – é a mesma empregada pelos movimentos antiliberais ao longo do século XX: o movimento de tesoura. Enquanto a Venezuela radicaliza, o Brasil contemporiza, mas o objetivo a atingir é o mesmo, o estrangulamento do regime democrático e da economia liberal, cercando pelo Sul o Grande Satã, os Estados Unidos da América.
Não há mais oposição no Brasil, sem que tenha sido necessária nenhuma repressão armada. É impressionante a falta de reação daqueles que deveriam ser os maiores interessados, o empresariado, que parece marchar alegremente para o matadouro.