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Neste mês é comemorado o Dia das Mães – e faz um ano que estou escrevendo, com muita alegria, para o PHVOX. Aproveito para agradecer publicamente pela oportunidade de registrar aqui minhas ideias.
Nos últimos dias, aconteceu algo inusitado: um senador da República entregou uma réplica de um feto de onze semanas ao Ministro dos Direitos Humanos, que se sentiu ofendido por este ato. Estranho, não? Como que alguém que diz defender o ser humano tem a capacidade de dizer que sofreu escárnio simplesmente por receber a réplica de um bebê?
A resposta: o referido ministro é favorável ao assassinato de bebês no ventre – prática que chamamos de aborto.
Sinceramente, não consigo conceber quem seja favorável a esta prática absurda. Eu sou mãe de um menino autista de quase oito anos; ele é o que chamam hoje de “bebê arco-íris”, que é aquele que chega após um aborto espontâneo. Eu conheço a dor de chegar do hospital com o ventre vazio. Eu sei o que é chorar e dizer a Deus “Senhor, não quero mais! Não aguento mais essa dor!” Porém, Ele me deu a graça de ter o Renato nos braços – Renato significa “renascido”, e ali, eu renasci.
Mas, parece que o tal ministro, ao receber uma réplica de um feto, não possui a mesma sensibilidade; e nem posso dizer que é pelo fato dele ser homem e não poder gerar, pois o que mais existe são mulheres favoráveis a esta prática satânica. Talvez a resposta seja aquele velho e conhecido refrão: o que os olhos não veem, o coração não sente.
Durante anos a ala progressista apregoou que um feto é um “amontoado de células”, desordenadas e sem nexo. Contudo, a ciência – que quando não convém à esquerda, lhe causa desagrado – mostra o oposto.
Na quarta semana da gestação, já se formaram três camadas de células que darão início a todos os órgãos do bebê e que crescem no sentido do comprimento, dando uma forma mais alongada ao embrião. Além disso, o cordão umbilical começa a ser formado e inicia-se o transporte de nutrientes e oxigênio para o embrião.
A camada mais externa de células, a ectoderme, forma o tubo neural, pele, cabelos, unhas e dentes do bebê, e a camada intermediária, conhecida como mesoderme, forma o coração, vasos sanguíneos, ossos, músculos e órgãos reprodutores. Já a camada mais interna de células, a endoderme, vai formar os pulmões, o fígado, a bexiga e o sistema digestivo.
No início do 2º mês, o coração do bebê é formado e começa a bater e bombear sangue em ritmo acelerado. Até o final deste mês, outros órgãos, como os pulmões, fígado, intestino e rins, também começam a se formar, assim como os neurônios e os pequenos botões que darão origem aos braços e pernas.
A partir da nona semana (terceiro mês de gestação), acontece a formação de ossos e cartilagens, dos canais auditivos, narinas e cotovelos, já sendo possível o bebê flexionar os braços. Além disso, os órgãos do bebê já estão formados e começam a funcionar.
Então, é compreensível que quem defende o assassinato de bebês e recebe uma réplica de um feto fique indignado, porque ali fica provado que, como dizia o saudoso Roger Scruton, “Nós, os conservadores, somos chatos. Mas também estamos certos”.
E fica mais evidente que estamos certos quando o próprio ministro diz: “Não quero receber isso por um motivo muito simples. Vou ser pai agora, e sei muito bem o que significa isso”
Quem sabe o que significa ser pai sabe que aborto é assassinato. Mas quem é pautado por ideologias nefastas defenderá isso para os outros. Para si mesmo? Nunca!
“Em nome da minha filha que vai nascer, eu me recuso a receber isso”, completou Almeida, batendo na mesa. Aparentemente, o ministro ficou nervoso, e não é para menos: diante dos seus olhos estava aquilo que teimam em negar: que o feto já é ser humano em sua concepção.
George Soros e companhia dizem que a terra está povoada demais, porém suas famílias são numerosas; o ministro dos “direitos humanos” é favorável ao aborto, contudo, terá uma filha dentro em breve. Para o povo, todas as medidas de castração possível; para eles, filhos e mais filhos.
Cazuza cantava “A burguesia fede”; não, não é a burguesia, é a hipocrisia.