Toda eleição geral na França é importante não somente para o povo francês, mas para a Europa e para o mundo. A França possui laços diplomáticos com vários países do norte da África, Américas e Oriente Médio. Possui o mais poderoso exército da Europa Ocidental, é uma potência econômica e diplomática na União Europeia entre tantos outros fatores.
Mas além destes fatores, existem questões importantes que estão em jogo e que podem definir o futuro do povo Frances e até mesmo da Europa.
Nos últimos anos, uma convulsão silenciosa veio ganhando força dentro da França, o Estado francês cada vez mais foi distanciando-se do que eram as aspirações de seu povo e assim foram adicionando doses cada vez mais pesadas da agenda globalista, mesmo que para isso fosse necessário queimar chefes de Estado sucessivamente como foi com Nicolas Sarkozy, François Hollande e agora com Emmanuel Macron. Todos, presidentes de único mandato, com baixa popularidade e praticamente anulados da vida política após o período como presidentes.
Na França, o exército não está feliz
Estas políticas de Estado também afetaram profundamente as forças armadas francesas ao longo das últimas décadas. Em abril de 2021, militares franceses da reserva publicaram artigo, repercutido pela revista Valeurs Actuelles, com o seguinte título: “Por um retorno da honra de nossos governantes”: vinte generais convocam Macron para defender o patriotismo. Além de alertarem para uma guerra civil iminente, sendo o principal pano de fundo a imigração islâmica em massa, eles também fizeram fortes declarações contra o governo francês:
Quem poderia prever há dez anos que um dia um professor seria decapitado à saída de sua escola?”, perguntaram os militares na carta publicada.
Os militares afirmaram que não podem ser apenas “espectadores passivos” e apelaram ao governo francês para mostrar coragem e eliminar as ameaças que pairam sobre o país:
Não se esqueçam que, tal como nós, uma grande maioria de nossos concidadãos está farta de suas indecisões e silêncios culpados. A passividade do governo levará à explosão e à intervenção do Exército, que assumirá a missão de defesa dos valores da civilização e da segurança de seus compatriotas no território francês”, de acordo com a carta.
Na França, boa parte do povo não está feliz
Durante todo o governo Macron, o país passou por diversas turbulências com setores da população. Um dos principais movimentos foi o dos “coletes amarelos”, que foram às ruas pela primeira vez em 2018 protestar principalmente à época contra o aumento de impostos. Porém este grupo tornou-se um símbolo de luta interna e participou em outras causas, sendo a mais recente contra a ditadura sanitária.
Ainda em 2019, tivemos uma invasão de tratores e outros equipamentos agrícolas em Paris, tudo por conta das políticas econômicas para o setor imposta por Macron. O primeiro estopim foi o acordo assinado neste ano entre a União Europeia e o Mercosul, além de políticas ambientalistas que prejudicam a atividade do setor, como acordos para a retirada gradual do agrotóxico glifosato do mercado.
No ano de 2021 e 2022 tivemos as enormes manifestações contra as medidas sanitárias autocráticas impostas à população, o estopim foi a obrigatoriedade das vacinas para a população e principalmente para os médicos, que chegaram a serem suspensos de suas atividades profissionais. Isso levou a manifestações em dezenas de cidades da França, por mais de 15 semanas consecutivas, em alguns casos havendo inclusive invasão de prefeituras por parte da população.
Na França, a questão imigratória começa deixar de ser tabu
A imigração islâmica desenfreada está massacrando o povo e a cultura francesa. Há quem diga que é uma situação irreversível do ponto de vista populacional e que é questão de tempo para a França ser “islamizada”. O atual presidente, Emmanuel Macrón, em nada combateu este problema, na verdade a imigração sempre foi uma plataforma de seu governo, alinhado com a ex-chanceler alemã Angela Merkel. O número de atentados terroristas continuaram sendo uma tônica no dia-a-dia francês, com atropelamentos e esfaqueamentos de cristão dentro de igrejas. Este inclusive foi um dos motivos que levaram os militares a protestarem contra o governo. Esta pauta tem tido papel determinante na campanha de Éric Zemmour, que surge como um outsider e já está em terceiro nas pesquisas para o primeiro turno. Logo atrás de Marine Le Pen, outra expoente da direita francesa.
Na Europa, o próximo Presidente será importante
Estamos presenciando o maior conflito armado dentro da Europa desde o fim da Segunda Guerra Mundial. Dentro deste cenário, Emannuel Macrón e Olaf Schoz vêm tomando a dianteira das negociações com a Rússia, em representação da União Europeia mesmo antes do início do conflito. Vale ressaltar que o Reino Unido está cada vez mais isolado dos países da Europa Ocidental neste tema. Emmanuel Macrón é sabidamente um representante das elites globalistas e ora coopera com os planos de Putin na questão energética e ora senta a mesa para negociar com este. A mudança da chefia do estado na França, pode mudar drasticamente também os rumos do conflito no leste do continente.
Marine Le Pen em teoria é afinada às ideias e políticas de Vladimir Putin, mas não existe uma garantia que ela irá cooperar enquanto presidente com suas aspirações bélicas, tanto quanto também que não irá. Eric Zemmour neste aspecto é uma incógnita até o momento também. Fatos estes que criam uma expectativa grande sobre o posicionamento do próximo presidente neste quesito.
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Também iremos cobrir em nosso canal no youtube o primeiro turno em 10/04 e o segundo turno em 24/04.
À bientôt!
Muito bom PH