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EUA

Qual foi o maior Império? EUA ou Roma?

Esse artigo é uma provocação ao meu amigo, e agora – oficialmente – escritor, Ivan Kleber. Certamente devemos gastar algo como duas horas por semana, quiçá mais, debatendo essa questão em conversas telefônicas de Telegram.

Ivan é partidário da tese de que Roma foi um mais relevante para o mundo que os EUA; eu, por outro lado, defendo a tese de que os Estados Unidos foram mais relevantes do que Roma. Confesso que tenho infiltrados em minhas Legiões, visto que o Dr. Guillermo Federico Piacesi Ramos também é partidário da tese de relevância de Roma sobre os EUA.

Parte 1 – Estamos mesmo assistindo o ocaso dos EUA como maior potência do planeta
A resposta a esta pergunta é não. Definitivamente, não! Os EUA passam por uma crise, institucional, de valores, que põe em cheque a própria democracia e o Sistema de Justiça. Certamente. Essa crise os fará encolher. Particularmente duvido muito.

Amigos, os EUA sobreviveram a Jimmy Carter, certamente sobreviverão a Joe Biden. Mas, Papini, Joe Biden é um Presidente mais fraco que Carter. Sério? Vocês acreditam, mesmo, nisso?

Concordo que hoje estamos vendo a fuga humilhante de americanos do Afeganistão, além da inação dos mesmos frente à crise gerada (no melhor dos cenários por omissão da) pela China em 2020.

Ok. Tudo isso é verdade, concordo. Mas também é verdade que Carter permitiu que a Embaixada Americana (escrever estadunidense é coisa de comunista, correto) em Teerã fosse tomada refém pelo Governo Iraniano (tecnicamente foram jovens revolucionários; bem, tecnicamente Adélio Bispo de Oliveira é um Lobo Solitário) por mais de 400 dias.

Amigos, no Direito Internacional Público não se pratica ato de força algum contra embaixadores, cônsules e membros de corpos diplomático em geral. Isso é uma ofensa seríssima. Basta lembrar que na Segunda Grande Guerra nazistas e soviéticos, quando iniciados os conflitos entre os outrora aliados, respeitaram os embaixadores visitantes.

Pergunte a quem viveu aquele período e pergunte sobre Carter. Claro que a mídia esquerdista tanto nos EUA quanto no resto do mundo classificou Carter como uma “Reserva Moral da Nação”, cargo recém ocupado por Barack Hussein Obama: “melhor ex-Presidente de todos os tempos”.
Se pensam que a tibieza de Carter na condução da crise em Teerã é o pior capítulo de Carter na história da Presidência, saibam (e isso está registrado em diversas obras sobre aquele período) que J. Carter namorou a ideia de que se os soviéticos não se desarmassem nuclearmente, os EUA o fariam.

É claro que a pior crise de todos os tempos é sempre aquela que estamos vivendo então é normal que julguemos Biden, ainda pior, que Carter, mas uma reflexão mais detalhada, mais aprofundada, nos indicaria o contrário.

Bem, voltemos ao ocaso dos EUA e o fim da primeira parte deste artigo. Há três coisas que este que vos escreve (49), e pessoas mais velhas que ele, cresceu ouvindo: 1) este ano a Espanha ganha o Mundial; 2) agora o Brasil vira potência, e, finalmente; 3) os EUA estão em decadência.

Bem, em 2010 a primeira das “profecias”, num lance de sorte se cumpriu. Claro que tem gente que acredita, seriamente, que o Tiki-Taka que ganhou 2010 (marcando incríveis 1 gol por partida e perdendo na estreia para a Suíça) é superior ao Brasil de 1970. Só posso lamentar por essa pobre e ignara alma. Felizmente em 2014 a Espanha inaugura a Copa tomando uma sacolada da Holanda (5X1) voltando, outrossim, para o lugar de onde jamais deveria ter saído.

Quanto ao Brasil potência? Confesso que sempre truquei essa profecia. Até o dia 1º de janeiro de 2.019. Hoje um cenário diferente, quiçá promissor, se desenha em nosso horizonte.

Por fim, quanto ao colapso dos EUA, tenho que eles já passaram por crises piores e retornaram mais fortes, sempre reforçando o posto de potência hegemônica. Provavelmente, em 2024, veremos uma nova eleição de Trump (ou algum outro republicano) e um novo ciclo de crescimento, ainda maior, dos EUA.

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