Neste sábado 13 de fevereiro de 2021, foi empossado como primeiro-ministro da Itália o ex-presidente do banco central europeu Mario Draghi. Em 26 de janeiro, quando Giuseppe Conte entregou a sua demissão ao presidente da república italiana Sergio Mattarella, as negociações tiveram início para a formação deste governo técnico.

Logo no início, a possibilidade de eleições antecipadas foi descartada, devido a pandemia obviamente, mas também pela falta de vontade política do principal líder da direita italiana Mateo Salvini, que lidera as pesquisas de intenção de voto (até o momento). Um forte lobby da união europeia, também foi decisivo para que os italianos não fossem as urnas.

É sempre bom lembrar quem é Mario Draghi:

Em seu curriculum ele tem uma passagem de 11 anos trabalhando no banco mundial em Washington, entre 2001 e 2006 trabalhou para o banco Goldman Sachs até ser nomeado presidente do banco central da Itália. Foi o primeiro presidente do fórum de estabilidade financeira, e prestava contas diretamente ao G20. Em 2011 assumiu o banco central europeu, onde entrou para história como o “homem que salvou o Euro”. Classificado pela revista FORBES como o oitavo homem mais poderoso do mundo e por Paul Krugman como “O maior banqueiro dos tempos modernos”.

Mas além deste vasto curriculum nós sabemos que Draghi participou de pelo menos oito reuniões do clube de “BILDBERG” além de ter uma forte ligação com a família Rothschild, clube de Roma, e clube dos trinta.

Draghi também é um forte defensor da assim conhecida agenda 2030. Em suma, um globalista de carteirinha assume o poder na Itália e pior, sem receber um único voto popular.

Qual foi o caminho para chegarmos neste ponto? Os italianos vão aceitar isso passivamente?

OS ITALIANOS:

Em pesquisas recentes, o novo governo nasce com quase 80% de aprovação dos italianos.

Agora, precisamos fazer uma premissa importante. Ao contrário de países como o Brasil, Rússia e EUA em muitos países da Europa a população não está debatendo sobre as ações globalistas e da implantação da “Nova ordem mundial” nestes tópicos eu diria que o Brasil hoje lidera as conversações sobre o tema. Sendo assim, grande maioria da população italiana não tem a mínima ideia doque está acontecendo, e acreditam que um governo de ampla coalizão e com figuras “técnicas” pode em curto prazo resolver os problemas da nação, muitos destes problemas que vem desde o fim da segunda guerra mundial em 1945. Não é a primeira vez que se forma um governo técnico na Itália, em 2011 Mario Monti substituiu o eleito democraticamente Silvio Berlusconi, e fracassou miseravelmente.

Porém sem o apoio da classe política não teríamos esse governo, principalmente de Mateo Salvini, e agora vamos analisar o movimento de Salvini no tabuleiro político italiano e europeu.

Mateo Salvini:

Salvini que lidera as pesquisas e é o líder da coalizão de direita na Itália optou por colaborar com Mario Draghi em troca de três ministérios, (Economia, Turismo e secretaria especial para deficientes físicos que ganha status de ministério).  A sua intenção é levar o governo Draghi até maio de 2023 quando em teoria teremos eleições gerais no país. Ele acredita que Draghi, irá resolver os problemas econômicos da Itália, combater o desemprego e irá liderar a recuperação do país após a pandemia. Salvini acredita piamente que fazer parte deste governo vai consolidar ainda mais a sua posição perante os eleitores italianos. O que ele conseguiu até agora contudo, foi abrir um racha na direita italiana, com a renúncia de Georgia Meloni (líder do partido Fratelli D Itália) de participar deste governo, e a partir de hoje, se coloca a oposição do governo Draghi.

Meloni, assim pode “herdar” os votos de Salvini, pois dentre os eleitores de Salvini estão boa parte daqueles 20% que não aprova o governo Draghi.

Salvini em uma jogada eleitoral de palácio, vira as costas para o que foi a sua plataforma eleitoral e moral dos últimos dez anos, ou talvez não tenha tido a coragem para assumir o poder agora e liderar a recuperação da Itália, que além de econômica deve ser cultural. A sua leitura equivocada dos fatos fica mais evidente, quando analisamos a coalizão que deu luz ao governo Draghi neste sábado.

A COALIZÃO.

6 partidos integram a coalizão e são eles:

Movimento cinco estrelas (centro-esquerda), Partido democrático (centro-esquerda) Livres e iguais (esquerda) Itália viva (centro esquerda) Força Itália (centro-direita) e lega (direita).

Uma verdadeira salada de partidos e ideologias com visões completamente diferentes de mundo e que terão que negociar diariamente sobre pautas delicadas como imigração e combate ao desemprego. Contudo o que os líderes destes seis partidos ignoram, é o fato de Mario Draghi ser um “enviado” da união europeia e que justamente a pauta da EU será a prioridade deste governo. Em resumo teremos um governo de matriz globalista, suportado por uma colisão de seis partidos que coloca no mesmo “balaio” comunistas e conservadores e ainda com uma agenda pronta da união europeia e da ONU nas mãos. Esse é o cenário atual no país de Dante Alighieri. Não se trata de análise, são os fatos.

Vamos continuar monitorando a situação política na Itália, que agora com Mario Draghi será um grande laboratório globalista, e que pode “exportar” as políticas bem sucedidas para o resto do mundo.

Ainda em tempo, quem mais comemora essa situação na Itália hoje é George Soros, sim ele mesmo!