O principal desafio de quem queira enfrentar os revolucionários é aprender a expor as técnicas, estratégias e manipulações. Porém, isso é muito diferente de ficar na guerra de narrativas diárias.

A guerra de narrativa é o jogo mais rasteiro e infrutífero.

Alguns motivos:

1º Os revolucionários controlam as redações e editoriais, as mentes dos intelectuais orgânicos e os meios de comunicação. Além disto, o material produzido por estes mesmos intelectuais, servem de subsídio para ações de perseguição política, judicial e criminal, não importa se verdadeiros ou não, se rebatidos no jogo de narrativas ou não.

2º A linguagem está completamente corrompida e tudo parte de interpretações individuais da realidade, sendo tudo subjetivo para a grande maioria do público. Hoje boa parte das pessoas estão condicionadas a sentir emocionalmente o que leem e não mais a raciocinar.

A cultura de leitura de manchetes e chamadas de notícias é outro fator que prejudica muito a compreensão dos fatos, pois muitos formam sua opinião com base no bombardeio midiático do jogo de narrativas.

3º A distribuição das informações sempre terá o verniz que os revolucionários querem, e você sempre parecerá alguém que não aceita a realidade para boa parte da população.

Conheça a nova obra de Paulo Henrique Araújo:Foro de São Paulo e a Pátria Grande, prefaciada pelo Ex-chanceler Ernesto Araújo. Compreenda como a criação, atuação e evolução do Foro de São Paulo tem impulsionado a ideia revolucionária da Pátria Grande, o projeto de um bloco geopolítico que visa a unificação da América Latina.

Não estou dizendo que a guerra de narrativas deva ser simplesmente abandonada, ela tem sua importância, porém não deveria ser o foco principal.

Torna-se necessário que uma boa camada daqueles que estejam encorajados a encarar o debate público, saibam na verdade quais são as estratégias revolucionárias e as exponham.

Quando você entra somente no jogo de narrativas, você está fazendo um favor para a revolução, esteja ela vestida da ideologia que for: comunismo, socialismo, globalismo, fascismo, iluminismo, etc; Pois ela te prende na cortina de fumaça que deseja, desgasta o ímpeto de muitos e neste meio tempo avança com as pautas e ações que realmente querem em outras frentes, sem que você as veja.

Já é tempo de termos claro que ficar no jogo de narrativa é ficar dançando a música da revolução, quantos “URGENTE”, “ACONTECEU AGORA”, não acontece o tempo todo e na verdade pouco tem acontecido de fato?

Quanto não é mais produtivo estarmos preocupados em EXPOR a revolução ao invés de DISCUTIR a revolução?

Enquanto for mais importante “lacrar” no twitter dando resposta atravessada em “esquerdista” para ganhar likes e “relevância” com sua bolha, nada de fato está sendo produzido de concreto que tenha efeito maior que 24h em 99,99% dos casos.

Compreender isto é essencial, caso contrário estaremos fadados a uma dança infernal, com a música tocada pela revolução, gastaremos nossa pouca energia e ainda acreditaremos que estamos “salvando o ocidente”.

Não seja um dançarino da revolução, não faça parte de uma “direita dançante”, tome as rédeas de suas ações e foque naquilo que é sua aptidão, mesmo sabendo que o resultado não é instantâneo e o caminho árduo, peça forças a Nosso Senhor Jesus Cristo e entregue o resultado nas mãos dele.

Continuemos fazendo a nossa parte com muita dedicação diária, acreditando sempre na promessa de Nossa Senhora em Fátima e não esperando louros para nós, mas sim para ela.