Nós fomos coniventes com a propaganda e, hoje, pagamos o preço de não conseguirmos mais distinguir a realidade da mentira.
Usar o discurso como forma de tornar a realidade mais atraente, de alguma maneira, sempre existiu. No entanto, foi no período da Primeira Guerra Mundial que ele se tornou, por meio da propaganda, um instrumento político de movimentação das massas.
A criação de mentiras como arma política foi aceita como legítima e, então, a propaganda viu-se livre para transbordar dos meios políticos e penetrar em outros âmbitos sociais, como o marketing e o jornalismo cotidiano.
A narrativa propagandística foi tão normalizada que, no discurso político, nas ofertas comerciais e mesmo nas notícias já não conseguimos mais distinguir o fato da ficção, a descrição da fábula, a verdade da mentira.
Se a Filosofia é a busca da verdade, então a propaganda é a anti-filosofia, porque para a propaganda a verdade não é importante; no máximo, um pretexto; nunca um fim, nem um objetivo.
Eu rechaço a propaganda por reconhecer nela a causa de muitas das confusões do nosso tempo, quando não a responsável direta pelas piores mazelas desde o século XX.
Nos deixamos anestesiar.
Sim,aceitamos, sem arguir, a propaganda, em consequência do nosso analfabetismo funcional.
Uma verdade inconveniente…usei a mesma frase de uma mentira que nos e contato sobre o aquecimento global e agora a fala mudou para mudanças climáticas. Mas vejo que temos algo sendo incutido dentro das escolas aí vejo o material que a minha filha de 11 anos e obrigada a estudar, mesmo sabendo que é mentira.
Um mundo inconveniente para conservadores que cansaram das mentiras.
Tenho 63 anos. Quando olho para trás, não consigo perceber quando começou essa manipulação da nossa vida,essa destruição da verdade, essa total inversão de valores!
Começou no fim da década de 60. Me lembro de meus primeiros professores esquerdistas, lá por 1965/66
É um tema muito relevante que merece ser mais debatido. Parabéns!