“O sangue dos mártires é a semente dos cristãos” (Tertuliano, Apologético, 50, 13)

Em nome de uma dita “defesa da pátria” atos de tirania são cometidos.

Um Bispo Católico, por ser crítico à ditadura vigente na Nicarágua, foi condenado a 26 anos de prisão.

Cárcere ou exílio

Esta é a proposta do comunista Daniel Ortega a Dom Rolando Álvarez.

Dom Rolando Álvarez, bispo de Matagalpa, escolhe não se prostrar frente à estátua de ouro de Nabucodonosor e, da mesma forma que Sidrac, Misac e Abdênago, assume a coroa do martírio, sendo fiel ao Nosso Senhor.

Ele permanece com os seus e acompanha a tantos outros anônimos que seguem na agonia do calvário.

Que belo exemplo de Dom Rolando Álvarez!

Não somente para os católicos, mas qualquer ser humano deveria se sentir inspirado com esta situação e assumir a responsabilidade de lutar contra as injustiças deste mundo.

Sabemos que o reino de Nosso Senhor não é deste mundo, mas não por isso iremos desistir de lutar pela implementação do Reinado Social de Nosso Senhor Jesus Cristo nesta sociedade! Este é o papel da igreja militante, este é o nosso papel!

Infelizmente Dom Rolando não é o primeiro e nem será o último a sofrer por Cristo que é verdade e justiça, vejamos outros exemplos:

François-Xavier Nguyen Van Thuan. Cidadão vietnamita, Cardeal da Igreja Católica Apostólica Romana.

Durante oito anos Cardel Van Thuam foi Bispo de Nhatrang, região central do Vietnã, sendo promovido posteriormente pelo Papa Paulo VI a arcebispo-coadjuntor de Saigon.

Esta promoção ocorre no momento em que os comunistas chegam à cidade, e se apoiando na narrativa de que a nomeação do Cardeal Van Thuam era um complô, três meses depois os comunistas o prendem.

A prisão ocorre no dia da Assunção da Santíssima Virgem, era 15 de Agosto de 1975.

Cardeal Van Thuam permaneceu 13 anos no cárcere e possui uma história incrível de fé, superação e doação de vida, pode-se encontrar o relato deste período de sua vida no livro de sua autoria “Cinco Pães e Dois Peixes”.

Cardeal Van Thuam partiu para o pai no dia 16 de Setembro de 2002.

Andrea Han Jingtao. Cidadão chinês,  bispo “não oficial” da diocese de Siping em Jilin.

O Bispo Jingtao foi um grande líder da igreja clandestina na China, obviamente não era reconhecido pelo regime, foi ordenado Bispo secretamente em 1980, durante o pontificado do Papa (e santo) João Paulo II.

Foi um sobrevivente dos campos de trabalhos forçados de Mao Tsé-Tung, onde permaneceu encarcerado por 27 anos, dos quais 6 anos permaneceu em isolamento.

Por ser crítico do regime Chinês, até sua páscoa em 2020, o Bispo era vigiado pelas autoridades do país.

Após sua morte, seu corpo foi cremado e por insistência de familiares, as autoridades locais permitiram que suas cinzas fossem enterradas no cemitério de sua cidade natal, ao lado de seus pais. 

No entanto, em sua lápide, não há símbolos religiosos e o título de Bispo.

Junto a Dom Rolando, estes são apenas algumas vítimas do nefasto regime comunista, que tem como amiga a Igreja Católica apenas quando ela lhe é ferramenta de auxílio para a implementação do pensamento revolucionário no coração do povo de Deus.

Meus amigos, busquemos forças na perseverança e coragem dos mártires! Nos posicionemos! Não sejamos tíbios!

Se não falarmos diante de injustiças como está, se não denunciarmos da forma que nos for possível, logo não poderemos defender os valores que nos são caros, logo não poderemos falar dos valores evangelísticos de Cristo e frente a ditadores como Daniel Ortega e outros do Foro de São Paulo, seremos calados e obrigados a aceitar os produtos da revolução!

Que São José Sanchez Del Rio e Santa Joana D’arc intercedam por Dom Rolando e por nós que aqui seguimos!

Viva Cristo Rei! Salve Maria Santíssima!

Fontes:

Nicarágua, o bispo Álvarez é condenado a 26 anos de prisão

Dois bispos chineses idosos descansem em paz (tradução livre)