Há um desespero muito comum em nossa época: queixas sobre “pensar demais”. Já digo na lata: o problema não é pensar demais, é pensar de modo desordenado.
A desordem, o caos, a falta de temperança, a indisciplina e vícios semelhantes são como câncer para a alma. É preciso colocar ordem em toda essa bagunça dentro de você, urgente!
Assim como seu corpo precisa de disciplina para ter saúde, sua mente também precisa. O modo como você nutre seu corpo pode alterar o funcionamento de sua mente: drogas, álcool, glicose, cafeína… nada disso é novidade para ninguém.
Mas muitos ainda desprezam o cuidado com a mente e pagam caríssimo por tal pecado, acumulando neuroses, ressentimentos . . . desordem . . . caos. Caos!!!
Se você costuma dizer: “me sinto meio coisado(a)…” ou: “hoje o dia está um pouco sei lá…”, é certo que falta-lhe léxico, repertório de palavras que te ajudarão a dar ordem interior.
Você raciocina com palavras, define-se com palavras, descreve e abstrai a realidade à sua volta com palavras. Coisas simples como relatar o sabor de um alimento pode ser complicado se te faltam termos como “agridoce”, por exemplo.
Como você pode dar o mínimo de ordem ao caos interior e aprender a pensar melhor? Tente a boa e velha literatura. Dica extra: meditação (manter foco e coerência em algum pensamento, investigação, sentimento, etc.) e oração.
A leitura de boas obras (contos, romances, clássicos) te dará diversas experiências novas sem precisar vive-las, ampliará o seu imaginário e, óbvio, expandirá o seu repertório de palavras, te ajudando a pensar melhor. Não menospreze a leitura de boas obras e tenha uma saúde mental acima da média da população.
Fica aqui o meu desafio para você: preocupe-se não apenas com o seu corpo — como esses vaidosos se acabando em desordem por aí —, mas com a sua mente também. Viva novas experiências com a literatura, aprenda palavras novas e dê mais ordem interior, você merece. Que da próxima vez, quando fores dizer que sente-se coisado, que seja com licença poética, não por faltar-lhe as palavras.
Falta-me as palavras para dizer:
“Báh! Mas que texto bacanudo, thê!”
kkkkkk não, não sou gaúcho, sou apenas um mato-grossense latino-americano.
kkk, obrigado.