Um novo encontro para o planejamento de transferência de renda teve início no último dia 07 de novembro de 2022 na República Árabe do Egito. O evento também chamado de COP27 [1] [2] tem como objetivo avançar a agenda que trata das “mudanças climáticas” e, por consequência “salvar” o planeta. Nas palavras do presidente do Egito Abdel Fattah al-Sisi “Acredito profundamente que a COP27 é uma oportunidade de mostrar unidade contra uma ameaça existencial que só podemos superar por meio de ação concertada e implementação efetiva. (1)”A fala de al-Sisi é suficiente para deixar em alerta todos os que entenderam os motivos e efeitos dos lockdowns sanitários ocorridos desde 2020. Veremos ações concertadas similares às ocorridas durante a pandemia de COVID-19? Qual será o preço a ser pago por tal implementação efetiva?
Os indicativos de tais respostas podem ser encontrados nos anúncios do governo dos Estados Unidos sobre Ação Oceano-Clima na COP27 (2). Nesse caso, as medidas visam limitar o aumento de 1.5◦C na “temperatura global” para atingir o que é chamado de resiliência climática. O conjunto de medidas inclui, por exemplo, alterações nas cadeias produtiva e de distribuição, lançando o Desafio da Carga Verde que visa criar corredores marítimos verdes como estratégia de descarbonização oceânica. Tal medida parte do princípio que o dióxido de carbono (CO2) é um gás poluente, quando de fato o mesmo é a base da vida no planeta (3).
As medidas anunciadas na COP27 tentam de toda forma modificar o estilo de vida do homem comum pois elevam o custo final de produtos e serviços, reduzindo assim o acesso dos mais pobres aos mesmos. Desta forma, a exemplo do ocorrido na pandemia, veremos mais uma enorme transferência de renda dos mais pobres para os metacaptalistas [3] (4). Por esta razão, a COP 27 foi marcada pela presença de grandes corporações como Microsoft, Google, Exxon Mobile, Honeywell, Chevron, Siemens, etc. (5), todas interessadas em bons índices ESG e créditos de carbono.
Um outro ponto interessante sobre a COP27 foi a presença reduzida de organizações não-governamentais e a completa ausência de protestos de ativistas climáticos. Os últimos foram banidos pelo governo egípcio… Afinal, nada como falar sobre mudanças climáticas a partir de um resort perto do Mar Vermelho (6). Por isso mesmo, o ladrão e seus associados aproveitaram a oportunidade de criar mais um factoide na mídia e esbanjar dinheiro do pagador de impostos. Afinal para eles, a revolução verde é muito mais interessante do que o protesto de milhões de brasileiros que ocupam as ruas país indignados com o escárnio ocorrido nas últimas eleições.
As resoluções da COP27 impactarão diretamente o cidadão médio e por isso, uma lista com as incongruências do evento é necessária:
- Pelo menos 400 jatos privados foram utilizados para o transporte de palestrantes e outros indivíduos. De acordo com os organizadores da COP27, o CO2 emitido pelos motores de tais aviões é um poluente. Essa “poluição” é justificada porque irá “salvar” o planeta?
- Com a criação de um fundo para mitigar as “mudanças climáticas e seus efeitos”, quais projetos serão financiados por tal fundo? Quem aprovará os projetos? Quais os critérios utilizados para aprovar ou negar um projeto?
- A partir da interação com as Nações Unidas, bancos buscam a adequação de financiamentos à agenda ESG, tais índices continuarão a ser impostos? Quais contas ou projetos serão bloqueados devido às emissões de carbono?
- Com a tentativa de mudança de matrizes energéticas, de combustíveis fósseis para hidrogênio (por exemplo), inclusive com a criação do Desafio da Carga Verde, o que acontecerá com a cadeia de suprimentos quando eventos comuns como furacões, tsunamis e terremotos ocorrerem? Quem será responsabilizado pelo aumento da pobreza energética?
Referências citadas
(1). al-Sisi, Abdel Fattah. COP27. [Online] United nations , 2022. https://cop27.eg/#/.
(2). U.S. Embassy & Consulates . U.S. Announcements on Ocean-Climate Action at COP27. [Online] 2022. https://it.usembassy.gov/u-s-announcements-on-ocean-climate-action-at-cop27/.
(3). Nascimento, Rafaella. Narrativas para salvar o planeta. PHVOX. [Online] 2022. https://phvox.com.br/narrativas-para-salvar-o-planeta/.
(4). Carvalho, Olavo de. História de Quinze Séculos . Brasil Sem Medo. [Online] Jornal da Tarde, 2004. https://brasilsemmedo.com/olavo-de-carvalho-historia-de-quinze-seculos/.
(5). COP27. Partners. [Online] 2022. https://cop27.eg/#/presidency/partners.
(6). Barnejee, Bob. Phys.org. Opinion: Why COP27 should be the last of these pointless corporate love-ins. [Online] 2022. https://phys.org/news/2022-11-opinion-cop27-pointless-corporate-love-ins.html.
Notas
[1] COP 27 – Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas de 2022 ou Conferência das Partes da UNFCCC.
[2] UNFCCC – A Convenção-Quadro das Nações Unidas sobre Mudança do Clima.
[3] Metacaptalistas – ver referência do artigo História de Quinze Séculos do professor Olavo de Carvalho.
Entendo que a agenda ESG é mais uma narrativa globalista hipócrita e mentirosa para manter ou até mesmo aumentar as riquezas de quem já é e deixar o pobre sempre no “cabresto” como ativo de sustentação. No Brasil temos vários exemplo, mas eu cito dois, a Natura com os escravos da floresta e o LADRÂO com a picanha e cervejinha…
Lamento profundamente a manipulação desses algozes, o Brasil possui critérios rigorosos em relação ao meio ambiente, não somos nós os poluentes e não existe aquecimento global, pelo contrário, as temperaturas estão mais baixas – 😤