Princípios, sejam eles morais, éticos ou religiosos, são a base para a ação sábia. Aja com princípios e as chances de errar diminuem consideravelmente.
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Quem se preocupa em fazer o que é certo vai sempre se apoiar sobre algum princípio. No entanto, mesmo fazendo o que é certo, há efeitos colaterais que, algumas vezes, geram um mal maior do que aquele que a ação certa queria evitar.
E se eu dissesse que, apesar do certo ser absoluto, sua aplicação nem sempre o é?
Uma coisa é o princípio pensado abstratamente, outra, sua aplicação de fato e, nesta, deve-se sempre considerar a realidade, que envolve as circunstâncias, os efeitos e o bom senso.
Por exemplo, a caridade é um princípio, porém, se nos dispormos a ajudar todas as pessoas necessitadas que se apresentam diante de nós, certamente acarretaremos sérios problemas às nossas finanças, aos nossos relacionamentos familiares e à nossa casa. Por isso, mesmo a caridade precisa ser moderada.
Considerar a aplicação do princípio verificando a realidade chama-se ponderação e esta tem a capacidade de considerar até que ponto sua aplicação não gera problemas ainda piores do que aqueles que se propôs a evitar.
Por isso, toda vez que você for agir de acordo com um princípio, ou seja, quando for fazer a coisa certa, não se garanta na conceituação abstrata desse princípio, mas pondere quais são os efeitos que essa ação acarretará e, com isso, considere qual é a medida justa para sua aplicação.
Como um remédio, um princípio mal aplicado, principalmente aplicado de forma exagerada, pode se transformar em veneno. Cuide, portanto, para não se intoxicar.