Um dos pontos da pauta radical da agenda climática é a redução dos níveis de dióxido de carbono (CO2) para evitar os  “danos ambientais” causados pelos gases de “efeito estufa”. Por causa disso, o CO2 virou o novo vilão do meio-ambiente porque, segundo os especialistas ou pesquisadores com projetos de pesquisa pagos por essa agenda, o gás que representa menos de  um  por cento do total de gases atmosféricos é o grande responsável pelo aumento da “temperatura global.” Nada mais distante da realidade pois, os níveis de CO2 passam a maior parte do tempo em dissonância com a temperatura como mostra a  figura 01.

 

Figura 01 – Gráfico da temperatura global e concentração atmosférica de CO₂ nos últimos 600 milhões anos. Observe que tanto a temperatura quanto o CO₂ estão mais baixos hoje do que durante a maior parte da era de vida moderna na Terra desde o Período Cambriano. Além disso, observe que o CO₂ e a temperatura não são altamente correlacionados, portanto, isso não indica uma relação de causa e efeito em etapas entre os dois parâmetros [1]. (Legenda retirada diretamente do documento citado).
De acordo com a figura 01, é possível constatar que não há uma relação direta entre o aumento dos níveis de CO2 e o aumento da temperatura. O que os ditos especialistas omitem é que analisamos a “temperatura do planeta” ao longo dos anos, estamos nos referindo à uma escala de bilhões de anos e por isso, mesmo o período de alguns séculos é considerado algo diminuto. Assim, o truque de ilusão praticado para assustar a população consiste em citar os níveis de CO2 do período pré-industrial como argumento para a redução das emissões dos dias atuais. É como olhar um fragmento da pele morta de um elefante mas não perceber a presença do elefante em si.

De uma forma simples, o dióxido de carbono (CO2), um gás presente na atmosfera e também dissolvido na água, é uma molécula formada pela união de um átomo de carbono com dois átomos de oxigênio.  Ele  também é o gás expirado pela maioria dos seres vivos incluindo o homem. Porém esse mesmo gás é utilizado como objeto de demonização contra pessoas comuns e suas rotinas diárias, porque de acordo com especialistas estamos colocando o planeta em risco com o aumento das emissões de CO2.  A desonestidade intelectual consite em omitir alguns pontos básicos sobre o “polêmico” gás, como por exemplo, o fato de que ele faz parte do ciclo do carbono, a base de toda a vida no planeta (figura 02).

 

Figura 02 – representações esquemáticas do ciclo do carbono. [2], [3]

Outro ponto omitido é que o CO2 é o gás utilizado por plantas e algas para o processo de fotossíntese (figura 03) que produz os açúcares necessários a sua existência e que o outro produto do processo fotossíntético é o oxigênio o gás que respiramos, ou seja, sem CO2 não há produção de oxigênio e por isso mesmo colocaríamos a nossa própria sobrevivência em risco.

Figura 03 – representação esquemática simplificada do processo fotossintético realizado por algas e plantas. Imagem à direita representa uma simplificação do processo que ocorre nos cloroplastos, organelas presentes nas folhas e algas [4], [5].

O fato é que a redução dos níveis de CO2  para valores abaixo de 115 ppm[1]causará sofrimento para plantas e algas e, por consequência, a sua inanição. E o que isso impactaria no planeta? Plantas e algas são a base da cadeia cadeia[2] alimentar, ou seja, menos CO2, redução no crescimento de plantas e algas e, consequentemente, todos seres vivos que estão ligados  direta ou indiretamente à base dessa cadeia também seriam impactados no seu desenvolvimento. Numa previsão mais apocalíptica, a redução drástica dos níveis de CO2 (abaixo de 115 ppm) pode levar à extinção de espécies e causar fome e mortes por inanição.

A boa notícia é que os níveis de CO2 atuais são responváveis pelo aumento na produção de alimentos, e pela recuperação de matas nativas ou zonas reflorestadas porque o CO2 atua como fertilizante natural de plantas, como provado no estudo realizado por 270 laboratórios com 83 tipos plantas (figura 04). O fato é que horticulturistas do mundo inteiro injetam CO2 em suas estufas para produzir condições ótimas para o desenvolvimento de plantas.

 

Figura 04 – Demonstração de campo do aumento da taxa de crescimento de pinheiros expostos a ambientes e três níveis mais altos de CO₂. Todos os outros parâmetros (água, nutrientes, luz solar) permaneceram equivalentes para todas as quatro árvores. [6]
Por isso, durma tranquilo, querido leitor. Nem você e seu estilo de vida com emissões de CO2 estão destruindo o planeta, na verdade você o está tornando mais verde (figura 05).

Figura 05 – Aumento na folhagem promovida entre os anos de 1982 à 2006. Imagens de satélite obtidas pela NASA em cooperação com um time de mais de 30 autores e 24 instituições [7].
[1] ppm  significa partes por milhão

[2] Cadeia alimentar – também chamada de cadeia trófica, representa uma sequência linear de transferência de matéria e energia em um ecossistema. Ou seja, representa uma sequência linear de seres vivos em que um serve de alimento para o outro no nível imediatamente superior.

Referências Bibliográficas

[1] P. Moore, “The Positive Impact of Human CO₂ Emissions on the Survival of Life on Earth,” Patrick Moore, PhD, 2017.
[2] NASA, “NASA Earth Observatory – The Carbon Cycle,” 2011. [Online]. Available: https://earthobservatory.nasa.gov/features/CarbonCycle.
[3] Khan Academy , “O ciclo do carbono,” [Online]. Available: https://pt.khanacademy.org/science/4-ano/vida-e-evolucao-4-ano/o-carbono-na-natureza/a/o-ciclo-biolgico-do-carbono. [Accessed 2022].
[4] Science Sparks, [Online]. Available: https://www.science-sparks.com/what-is-photosynthesis/.
[5] Biology dictionary , [Online]. Available: https://biologydictionary.net/ngss-high-school-tutorials/ls1-5-photosynthesis-modeling/. [Accessed 2022].
[6] Heartland Institute , “The positive externalities of CO2 – Craig Idso,” 2013. [Online]. Available: https://www.heartland.org/publications-resources/publications/the-positive-externalities-of-carbon-dioxide-estimating-the-monetary-benefits-of-rising-atmospheric-co2-concentrations-on-global-food-production.
[7] NASA, “Carbon Dioxide Fertilization Greening Earth, Study Finds,” 2016. [Online]. Available: https://www.nasa.gov/feature/goddard/2016/carbon-dioxide-fertilization-greening-earth.