Um dos pontos da pauta radical da agenda climática é a redução dos níveis de dióxido de carbono (CO2) para evitar os “danos ambientais” causados pelos gases de “efeito estufa”. Por causa disso, o CO2 virou o novo vilão do meio-ambiente porque, segundo os especialistas ou pesquisadores com projetos de pesquisa pagos por essa agenda, o gás que representa menos de um por cento do total de gases atmosféricos é o grande responsável pelo aumento da “temperatura global.” Nada mais distante da realidade pois, os níveis de CO2 passam a maior parte do tempo em dissonância com a temperatura como mostra a figura 01.
De acordo com a figura 01, é possível constatar que não há uma relação direta entre o aumento dos níveis de CO2 e o aumento da temperatura. O que os ditos especialistas omitem é que analisamos a “temperatura do planeta” ao longo dos anos, estamos nos referindo à uma escala de bilhões de anos e por isso, mesmo o período de alguns séculos é considerado algo diminuto. Assim, o truque de ilusão praticado para assustar a população consiste em citar os níveis de CO2 do período pré-industrial como argumento para a redução das emissões dos dias atuais. É como olhar um fragmento da pele morta de um elefante mas não perceber a presença do elefante em si.
De uma forma simples, o dióxido de carbono (CO2), um gás presente na atmosfera e também dissolvido na água, é uma molécula formada pela união de um átomo de carbono com dois átomos de oxigênio. Ele também é o gás expirado pela maioria dos seres vivos incluindo o homem. Porém esse mesmo gás é utilizado como objeto de demonização contra pessoas comuns e suas rotinas diárias, porque de acordo com especialistas estamos colocando o planeta em risco com o aumento das emissões de CO2. A desonestidade intelectual consite em omitir alguns pontos básicos sobre o “polêmico” gás, como por exemplo, o fato de que ele faz parte do ciclo do carbono, a base de toda a vida no planeta (figura 02).
Outro ponto omitido é que o CO2 é o gás utilizado por plantas e algas para o processo de fotossíntese (figura 03) que produz os açúcares necessários a sua existência e que o outro produto do processo fotossíntético é o oxigênio o gás que respiramos, ou seja, sem CO2 não há produção de oxigênio e por isso mesmo colocaríamos a nossa própria sobrevivência em risco.
Figura 03 – representação esquemática simplificada do processo fotossintético realizado por algas e plantas. Imagem à direita representa uma simplificação do processo que ocorre nos cloroplastos, organelas presentes nas folhas e algas [4], [5].
O fato é que a redução dos níveis de CO2 para valores abaixo de 115 ppm[1]causará sofrimento para plantas e algas e, por consequência, a sua inanição. E o que isso impactaria no planeta? Plantas e algas são a base da cadeia cadeia[2] alimentar, ou seja, menos CO2, redução no crescimento de plantas e algas e, consequentemente, todos seres vivos que estão ligados direta ou indiretamente à base dessa cadeia também seriam impactados no seu desenvolvimento. Numa previsão mais apocalíptica, a redução drástica dos níveis de CO2 (abaixo de 115 ppm) pode levar à extinção de espécies e causar fome e mortes por inanição.
A boa notícia é que os níveis de CO2 atuais são responváveis pelo aumento na produção de alimentos, e pela recuperação de matas nativas ou zonas reflorestadas porque o CO2 atua como fertilizante natural de plantas, como provado no estudo realizado por 270 laboratórios com 83 tipos plantas (figura 04). O fato é que horticulturistas do mundo inteiro injetam CO2 em suas estufas para produzir condições ótimas para o desenvolvimento de plantas.
Por isso, durma tranquilo, querido leitor. Nem você e seu estilo de vida com emissões de CO2 estão destruindo o planeta, na verdade você o está tornando mais verde (figura 05).
[1] ppm significa partes por milhão
[2] Cadeia alimentar – também chamada de cadeia trófica, representa uma sequência linear de transferência de matéria e energia em um ecossistema. Ou seja, representa uma sequência linear de seres vivos em que um serve de alimento para o outro no nível imediatamente superior.
Referências Bibliográficas
[1] | P. Moore, “The Positive Impact of Human CO₂ Emissions on the Survival of Life on Earth,” Patrick Moore, PhD, 2017. |
[2] | NASA, “NASA Earth Observatory – The Carbon Cycle,” 2011. [Online]. Available: https://earthobservatory.nasa.gov/features/CarbonCycle. |
[3] | Khan Academy , “O ciclo do carbono,” [Online]. Available: https://pt.khanacademy.org/science/4-ano/vida-e-evolucao-4-ano/o-carbono-na-natureza/a/o-ciclo-biolgico-do-carbono. [Accessed 2022]. |
[4] | Science Sparks, [Online]. Available: https://www.science-sparks.com/what-is-photosynthesis/. |
[5] | Biology dictionary , [Online]. Available: https://biologydictionary.net/ngss-high-school-tutorials/ls1-5-photosynthesis-modeling/. [Accessed 2022]. |
[6] | Heartland Institute , “The positive externalities of CO2 – Craig Idso,” 2013. [Online]. Available: https://www.heartland.org/publications-resources/publications/the-positive-externalities-of-carbon-dioxide-estimating-the-monetary-benefits-of-rising-atmospheric-co2-concentrations-on-global-food-production. |
[7] | NASA, “Carbon Dioxide Fertilization Greening Earth, Study Finds,” 2016. [Online]. Available: https://www.nasa.gov/feature/goddard/2016/carbon-dioxide-fertilization-greening-earth. |
Excelente. Sugiro referenciar este artigo no artigo mais recente publicando, na frase que faz referência ao risco do baixo nível de CO2.