Os homens, em algum momento da história, perceberam que seu estado de natureza representava uma limitação para o desenvolvimento comunitário e, para superar essa barbárie, criaram a civilização.
A civilização, portanto, nada mais é do que um conjunto de técnicas e artifícios produzidos para abafar nosso primitivismo e conter nossos instintos.
Apesar de sobreviver em nós um resquício de intuição de nossa natureza bárbara e do caos que é o nosso mundo, sufocamos-na, refugiando-nos nos quadros fantasmagóricos que pintamos. Esquecemos do caráter artificial da sociedade que criamos e vivemos como se tudo nela fosse natural e espontâneo.
Os ritos, as liturgias, as leis, as convenções — tudo que serve para substituir o caos da natureza — acabam assumindo o papel da realidade. Passamos, então, a viver em um ambiente ilusório, mas convencidos de que se trata da realidade mesma, dedicando a ele nossas esperanças, esforços e investimentos; esperando dele todas as respostas.
Às vezes, temos algum lampejo de lucidez e entendemos que há muito mais para além desses jogos sociais. Porém, é tarde. Depois de tanto tempo vivendo sob a ilusão, a maior parte das pessoas se tornou incapaz de perceber que tudo não passa de um simulacro.
Assim, denunciar a mentira constitutiva de nossa sociedade torna-se inútil. Há muito tempo, aceita-se a pose, a farsa, o fingimento e a afetação como a representação fiel da realidade e, agora, quem pretende se colocar do lado de fora dessa ficção obviamente será tido por maluco.
Diante disso, resta para os minimamente despertos participar desse teatro macabro como meros espectadores, conscientes da natureza fantástica da encenação, sendo permitido comentar sobre as cenas, torcer pelos personagens e até opinar sobre o roteiro, mas sem qualquer poder para influenciar o espetáculo.
Excelente Reflexão. Enquanto a humanidade continuar apostando que um mundo melhor advirá de sistemas sociais, o caos continuará reinando. A perda da transcendência e o distanciamento do Criador, bem como a ignorância de que o homem possui alma e consciência, em contraposição aos seus instintos mais primitivos, cria a semente para ilusão de que os problemas humanos estão fora do próprio ser, do indivíduo.
A matrix foi criada para isso : Aprisionar. Consciencialmente como fisicamente, travando desta forma a evolução humana e delimitando a moldura de como se desenvolver a vida em sociedade. Quando vivemosomemtos onde a expansão começa a surgir temos eventos grandiosos e catástrofes políticas que sibjugam novamente a humanidade para o medo. Principalmente os não despertos. Estes recuos atrasam a agenda natural da evolução do ser em conjunto com os planos superiores. Mas mesmo que os controladores impuseram matrix de freio e subjugação, eles ao mesmo tempo esqueceram que planos maiores têm influências na sociedade, no indivíduo em particular, e essa ressonância têm sido REvERBERAda e o Evento está próximo.