O Governo argentino retirou o busto do ex-presidente Néstor Kirchner que estava na sede da Administração da Segurança Social (ANSES) apenas 24 horas depois de retirar a reforma privilegiada de Cristina Kirchner, depois de a Justiça ratificar em segunda instância a condenação por corrupção.

Reduzir a despesa pública e a burocracia, bem como eliminar controles perversos e conter a inflação não são os únicos objetivos de Javier Milei, que já avança com sucesso nessa direção. O governo libertário também se esforçou para apagar da memória dos argentinos a era negra que significou o Kirchnerismo, e por isso propôs eliminar os seus símbolos para que não haja vestígios de uma etapa marcada pelo personalismo, pela demagogia, pelo autoritarismo e pela corrupção. Foi assim que nas últimas horas foi a vez do busto do ex-presidente Néstor Kirchner que estava na sede da Administração da Seguridade Social (ANSES) e foi retirado por ordem da Casa Rosada.

Este é mais um gesto simbólico, mas necessário, que se soma à mudança de nome do Centro Cultural Kirchner, que passou a se chamar Palácio Libertad, e à retirada do busto de Néstor Kirchner que estava na Sala das Províncias do Congresso, 
por ordem da Vice-Presidente Victoria Villarruel, logo após a posse do novo governo. Agora, foi a ministra do Capital Humano, Sandra Pettovello, quem se encarregou de informar sobre a retirada de outro símbolo do Kirchnerismo apenas 24 horas depois de o porta-voz presidencial, Manuel Adorni, ter anunciado a decisão de retirar o privilégio de aposentadoria da ex-presidente Cristina Fernández de Kirchner, bem como a pensão de que gozava por ser viúva de Néstor Kirchner, o que no total gerou um custo ao Estado de mais de 21.000 dólares.

A medida foi tomada após a Justiça argentina ratificar em segunda instância a condenação contra a ex-presidente e ex-vice-presidente durante o desastroso governo de Alberto Fernández por ser “autora do crime de administração fraudulenta, que representa o oposto de honra, mérito e bom desempenho”, segundo palavras de Adorni ao anunciar a decisão. Por esse mesmo motivo, decidiu-se retirar o busto de Néstor Kirchner da ANSES, pois se estivesse vivo “também seria condenado, não era apenas o marido, era o companheiro e cúmplice dos seus atos criminosos”, disse o legislador portenho de La Libertad Ramiro Marra.

E certamente não será o último busto removido. A decisão do governo de Javier Milei é eliminar estes símbolos do Kirchnerismo em todo o país, que acabarão sendo derretidos. “Corruptos, saqueadores do Estado ou líderes de associações ilícitas não são mais homenageados em prédios públicos”, afirmou o subsecretário de Imprensa da Presidência da República, Javier Lanari, em mensagem ao lado do vídeo da remoção em sua conta no X.