No Brasil, por influência de uma estratégia marxista, condicionou-se a criar um espírito anti-americanista quase tão natural quanto o ar que se respira. Isso faz parte de uma doutrina criada pela União Soviética a partir do pacto de Varsóvia, assinado em 1955 após o início da Guerra Fria em 1947, onde os eixos da mentalidade e discurso do comunismo mudou de internacionalista para nacionalista, com isso nasceu o bom e velho jargão do “imperialismo americano”. Feita esta breve digressão histórica para entendermos a origem de um dos principais pontos dessa mentalidade, vamos ao ponto de nossa pergunta.

Os EUA foram durante todo o século XX conhecidos como a terra da liberdade, não somente política, mas também econômica. Isto fez do país um celeiro de todos os tipos de práticas possíveis, positivas e negativas. Nos EUA condicionaram-se as bases da política moderna para o debate da legítima defesa, da defesa da vida, da liberdade individual, do respeito ao direito natural, da plena liberdade religiosa e econômica. Valores estes que foram cuidadosamente respeitados pelos pais fundadores, baseados nos valores Cristãos, dentro da constituição americana e no adendo com Declaração dos Direitos dos Estados Unidos, que são as 10 primeiras emendas à constituição.

Como sabemos, ao longo do tempo, este campo também foi tomado por diversos revolucionários que, utilizavam-se das diversas liberdades existentes e garantidas nos EUA para tentar subverter a realidade americana, pois a sua simples existência significa uma antítese a todos os movimentos revolucionários nascidos na Europa durante a renascença sob o iluminismo e os seus desdobramentos (não que os EUA em sua formação tenha se mantido incólume a estas influências). Aqui refiro-me especificamente à Revolução Francesa e a toda a esteira ideológica que surgiu de seu rastro de sangue: socialismo, comunismo, fascismo, nazismo, anarquismo-marxista entre tantos outros.

Principalmente, mas não unicamente, no período da Guerra Fria, o país foi invadido por agentes de subversão em diversos níveis, desde os pequenos condados até os capitólios Estaduais ao Federal, diversas máquinas de alteração da mentalidade do povo americano foram impostas por diversos e diversos pensadores internos e externos. Esse ambiente transformou os EUA em uma máquina de produção de conceitos, ideias e exemplos para todos os polos políticos possíveis. Seja de mentalidade revolucionária ou conservadora.

Pela metade dos anos 1970, Dr. Plínio Corrêa de Oliveira, em uma conferência pessoal com políticos americanos que visitavam o Brasil lhes alertou que, os EUA só poderiam ser destruídos por dentro e que eles deviam estar atentos exatamente a isto e não somente ao inimigo externo, o relato que me foi feito pelo Sr. José Carlos Sepúlveda, dá conta que estes políticos ficaram pensativos e preocupados com cada explanação que lhes eram feitas.

Assim, meu caro leitor, percebemos as bases importantes dos últimos 150 anos que passam pelo entendimento do que ocorre dentro dos Estados Unidos da América possui impacto direto em diversos países e isto inclui o Brasil. Temos diversos grupos revolucionários que atuam dentro do país, como o Partido das Sombras (que foi objeto de estudo de meu primeiro livro escrito em parceria com meu amigo Ivan Kleber), temos diversos grupos internacionais de investidores que utilizam o sistema financeiro americano para subverter a ordem política em diversos países entre outros. Mas além da narrativa que surge disto, temos uma cultura americana extremamente forte e uma mentalidade conservadora que ainda é a maioria no país, que é sugado por parasitas e o utilizam como hospedeiro a tantos anos. Os EUA também são exemplo em diversas áreas para conservadores do mundo todo em suas lutas por liberdade individual, reversão da juristocracia, defesa do nascituro, proteção à constituição, sistema eleitoral que protege a população à partir da base dos condados e não à partir de Washington DC etc.

A questão não pode ser dirimida em um jogo de contra ou a favor, de demônio ou santinho. Devemos olhar e entender os rumos e os motivos dos acontecimentos que impactarão o mundo todo a partir de suas políticas. Estudar, compreender e analisar a política americana é extremamente importante para não cairmos em falsas narrativas que são utilizadas para subversão da ordem social e até mesmo do ímpeto da ação Contra-Revolucionária e conservadora no Brasil.