Nesta quarta feira (21), o presidente russo Vladimir Putin fez o seu já tradicional discurso ao congresso russo e de consequência a nação russa. Para aqueles que esperavam uma declaração de guerra à Ucrânia ou a declaração de independência da região de Dombass foi um discurso, digamos, morno. E aqui fica o primeiro ponto para reflexão: imaginar que Putin faria um pronunciamento deste tamanho para declarar guerra ou qualquer outro pais é no mínimo ingênuo.

Putin iniciou seu discurso, agradecendo aos funcionários, enfermeiros  e médicos que combateram na linha de frente contra a pandemia e ressaltou que os cientistas russos tiveram um grande desempenho entregando em pouco tempo ao povo russo uma vacina efetiva e confiável.

Ainda sobre o combate ao vírus chinês, o presidente Putin disse que pretende lançar um novo sistema de teste que em 4 dias seja capaz de identificar o COVID-19 e outros vírus e doenças perigosas, segundo ele, este mecanismo incluirá  vacinas domesticas para preparar a Rússia para uma pandemia até 2030 – isso mesmo 2030 – no mais tardar, e mais, até este mesmo ano a expectativa de vida na Rússia deve chegar a media de 78 anos. Agora, porque exatamente 2030 eu não sei, alguém quer  me ajudar a entender?

Na segunda parte de seu discurso, Putin anunciou uma série de investimentos e novos benefícios, como por exemplo um aumento no “vale maternidade”. Putin, de alguma maneira quer estimular as famílias russas a terem mais filhos.

Também anunciou a extensão de algumas ferrovias  e um grande apoio financeiro a museus de cidades pequenas do interior do pais.

Na continuação de seu pronunciamento, Putin falou muito sobre as questões ambientais:

Precisamos responder a altura os desafios impostos pelas mudanças climáticas e os cientistas russos estão prontos para trabalhar na proteção do meio-ambiente, se necessário um sistema de cotas de emissão em cidades russas será introduzido. A abordagem é simples, lucrou com a exploração da natureza? Limpe você mesmo!”

Esta parte de seu discurso não surpreende e de fato Putin manda um recado aos seus colegas globalistas: a questão ambiental é um ponto onde ele está disposto a trabalhar e cooperar, não a caso, a China justamente nesta semana aceitou o convite dos Estados Unidos para encontro onde pretende-se definir compromissos no combate a assim chamada mudança climática.

Próximo ao fim de ser discurso, então Putin abordou sua política exterior, onde condenou a omissão do ocidente naquela que segundo ele foi uma tentativa de golpe de estado mal sucedida na Bielorrússia há alguns dias atrás (duas pessoas foram presas no fim de semana acusadas de planejar o assassinato do presidente da Bielorrússia Lukashenko). Putin também fez uma reclamação formal e disse que acusar a Rússia por qualquer coisa que aconteça se tornou um esporte. No fim o presidente russo disse que vai convocar o “grupo dos cinco” (as principais potencias nucleares do mundo) para discutir uma proposta de redução do armamento nuclear no mundo.

Porém, um recado ao ocidente não poderia faltar.

Putin disse que Moscou se esforça para ter boas relações com outros países, mas advertiu que nenhum país estrangeiro deve cruzar as “linhas vermelhas” da Rússia, claro, sem entrar em detalhes, e continua:

Qualquer pessoa que acene qualquer provocação que ameace nossa segurança vai se arrepender de uma forma que nunca se arrependeu de nada antes.”

Este foi o resumo do discurso de aproximadamente uma hora do líder russo, agenda glabalista 2030 e causas ambientalistas tiveram muito espaço em seu discurso e uma análise mais profunda será feita no programa “Conexão Europa” na próxima sexta-feira 16:30 no canal do Phvox no Youtube.