O anúncio surpreendente foi feito depois que o DP, que tem maioria na Assembleia Nacional (parlamento), aprovou um orçamento para 2025 com vários cortes sem o apoio do Partido do Poder Popular (PPP), partido governista de Yoon, bem como moções para demitir o procurador-geral e o chefe do Conselho de Auditoria e Inspeção, que monitora as contas dos órgãos públicos.
O presidente sul-coreano, Yoon Suk Yeol, declarou “lei marcial de emergência” no país na terça-feira. Para tomar esta medida, o presidente acusou a oposição do país de controlar o Parlamento, de simpatizar com a Coreia do Norte e de paralisar o Governo com atividades contra o Estado.
“Para salvaguardar uma Coreia do Sul liberal das ameaças das forças comunistas norte-coreanas e eliminar elementos anti-Estado… declaro lei marcial de emergência”, disse Yoon num discurso transmitido ao vivo pela televisão à nação.
“Através desta lei marcial, reconstruirei e protegerei a República Livre da Coreia, que está caindo nas profundezas da ruína nacional”, disse Yoon durante um discurso televisionado, invocando o nome formal da Coreia do Sul.
Não ficou imediatamente claro como estas medidas irão afetar o governo e a democracia do país.
O anúncio surpresa surge depois de o PD, que tem maioria na Assembleia Nacional (Parlamento), ter aprovado sem o apoio do Partido do Poder Popular (PPP), no poder de Yoon, um orçamento geral para 2025 com múltiplos cortes, além de moções para demitir o procurador geral e o chefe do Conselho de Auditoria e Fiscalização, responsável pelo acompanhamento das contas dos organismos públicos.
Conheça a nova obra de Paulo Henrique Araújo: “Foro de São Paulo e a Pátria Grande”, prefaciada pelo Ex-chanceler Ernesto Araújo. Compreenda como a criação, atuação e evolução do Foro de São Paulo tem impulsionado a ideia revolucionária da Pátria Grande, o projeto de um bloco geopolítico que visa a unificação da América Latina.
A declaração da lei marcial provocou reação imediata dos políticos, incluindo o líder do seu próprio partido, Han Dong-hoon, que, de acordo com declarações recolhidas pela Infobae , chamou a decisão de “errada” e prometeu “acabar com o povo”.
Por sua vez, o Partido Democrata convocou uma reunião de emergência dos seus legisladores. O líder do partido, Lee Jae-myung, que perdeu por pouco para Yoon nas eleições presidenciais de 2022, chamou o anúncio de Yoon de “ilegal e inconstitucional”.
Após o anúncio, o chefe do Estado-Maior Conjunto (JCS), Park An-su, foi nomeado comandante sob lei marcial e indicou que as atividades da Assembleia Nacional e dos partidos políticos são proibidas, informou a agência Yonhap.
Por sua vez, o ministro da Defesa, Kim Yong-hyun, ordenou uma reunião dos principais comandantes e ordenou a vigilância estrita do Exército, informou o JCS em comunicado.
Imagens difundidas pelas redes de televisão mostraram até agora grupos de polícias bloqueando o acesso à Assembleia Nacional.
🔴🗣️ | Tras el anuncio de la oposición surcoreana de intentar anular la ley marcial declarada por el presidente Yoon Suk Yeol, fuerzas militares mantienen bloqueados los accesos al parlamento, impidiendo la entrada de legisladores y ciudadanos pic.twitter.com/x1xOCsJckt
— PanAm Post Español (@PanAmPost_es) December 3, 2024
Com informações da EFE