“No dia seguinte, a numerosa multidão que viera à festa, tendo ouvido que Jesus estava de caminho para Jerusalém, tomou ramos de palmeiras e saiu ao seu encontro, clamando: Hosana! Bendito o que vem em nome do Senhor e que é Rei de Israel!” (João 12:12-13)

Estamos na Semana Santa, dias que antecedem a crucificação e ressurreição de Nosso Senhor.

No dia que denominamos Domingo de Ramos, o Senhor Jesus entrou em Jerusalém e foi exaltado pelo povo com ramos nas mãos, cumprindo-se a seguinte profecia:

 “Alegra-te muito, ó filha de Sião; exulta, ó filha de Jerusalém: eis aí te vem o teu Rei, justo e salvador, humilde, montado em jumento, num jumentinho, cria de jumenta.” (Zacarias 9:9)

Jesus foi exaltado após ressuscitar a Lazaro, que estava morto havia quatro dias; para os judeus, era um grande milagre. Outros tão grandes quanto já tinham acontecido: a multiplicação dos pães e peixes, a calma de uma tempestade, a cura de cegos, do paralítico de Cafarnaum, a libertação do endemoninhado gadareno, entre outros.  Porém, a ressureição de Lázaro foi o que fez o povo chamar Jesus de Rei pela primeira vez.

Neste momento em que escrevo, estou assistindo a série Chicago Med. O episódio em questão mostrou um homem morto que, ao ouvir a voz da filha com um bebê recém-nascido, se levantou, olhou e deu o seu último suspiro. Um dos médicos que estava presente disse: “Vi um paciente ressuscitar hoje. Isso faz todo o resto parecer bem insignificante.” E ele tem total razão.

O apóstolo São Paulo explica com propriedade a missão de Nosso Senhor:

“Ele vos deu vida, estando vós mortos nos vossos delitos e pecados” (Efésios 2.1)

Foi para isto que Nosso Senhor veio a este mundo: para nos dar vida. Nada é – ou deveria ser – mais importante do que isto. E qual tem sido nossa exaltação, nossa adoração? Andamos tão ocupados com tantas coisas que esquecemos de priorizar o que é mais importante; graças a ideologias nefastas, ocupamos nossa mente com tudo, menos com aquilo que é eterno. Procuramos a Ele quando precisamos de coisas, quando queremos respostas, mas quase nunca o vemos como nosso Rei; talvez a razão seja por não termos vida.

O morto não apresenta reações, é levado por terceiros, não se importa com nada; todo aquele que não tem vida com Deus é equivalente àquela letra do Zeca Pagodinho: “Deixa a vida me levar, vida leva eu”. Contudo, quem é vivo, ou quem tem Nosso Senhor como Rei, tem objetivo nesta vida: alcançar a Eternidade no céu.

Lembrem-se: a política não é um fim em si mesma. Os judeus acreditavam que o Messias viria tirar as amarras POLÍTICAS de Israel; percebam quão pequeno era o pensamento daquele povo. Jesus veio para tirar nossas amarras ESPIRITUAIS. Jesus não veio fazer revolução ou trazer justiça social, como diz a esquerda; Ele veio salvar o que é ETERNO. ELE VEIO SALVAR A ALMA.

Tenho certeza de que Nosso Senhor não espera que façamos como naquele dia, que estendamos nossos mantos para Ele passar e que gritemos Hosana pelas ruas. A adoração que Ele deseja receber é uma vida cuja prioridade seja Ele.

Enquanto estamos nesta terra, temos coisas a fazer, sem dúvida, inclusive na política; não é prudente abandonar todas as responsabilidades que temos com nosso lar, trabalho e afins. Contudo, Ele mesmo nos deu a “receita” para uma vida abençoada:

“Buscai, pois, em PRIMEIRO lugar, o SEU REINO e a sua justiça, e todas estas coisas vos serão acrescentadas.” (Mateus 6:33)