Um dos tantos capítulos da novela BREXIT pode terminar hoje, 13 de dezembro, com um possível, porém distante, acordo entre ambos os lados sobre a futura relação dentre as partes.

Desde a noite de 24 de junho de 2016, quando os britânicos votaram pela saída do país do bloco, Bruxelas deixou bem claro que não iria ceder fácil a qualquer concessão ou buscar um divórcio amigável. A instituição viu no BREXIT a possibilidade de punir e dar o exemplo aos demais países membros do bloco: de agora em diante quem tentar sair não terá vida fácil.

Contudo, no caso inglês seria mais difícil tal punição, pois graças a Margareth Thatcher o país manteve o mínimo de dignidade e soberania mantendo a moeda local, a libra esterlina, em vez de adotar o Euro. Mal sabia Thatcher que ela havia adubado a semente do BREXIT plantada ainda nos anos 70 por Enoch Powell (essa história fica para outra oportunidade).

Agora porque o BREXIT pode ser considerado um freio no avanço globalista?

A União Europeia é uma ferramenta valiosa nas mãos dos globalistas: o que foi projetado para ser apenas um bloco econômico que servia para reduzir os impostos de mercadorias comercializadas entre países, logo foi subvertida em uma instituição de controle social. Hoje sabemos que essa sempre foi a intenção.

Através da moeda única, países como Espanha, Itália e Portugal tiveram suas economias enfraquecidas, a capacidade de explorar o turismo ou exportação foram impactadas. Quando um desses países deve recorrer a Bruxelas, a resposta geralmente é a mesma: a ajuda até vem, mas em troca de alguma lei de caráter social ser aprovada no país requisitório, como aborto por exemplo ou igualdade de gênero. Os ingleses não tiveram esse problema.

Outro exemplo fica por conta das fronteiras abertas facilitando o vai e vem de pessoas, muito bonito no papel, mas de consequências trágicas que facilitam a ação de terroristas e pessoas mal intencionadas. Não resta dúvidas de que a UE é uma grande experiencia globalista, e muito ditatorial como podemos observar.

Uma soma de fatores, como o esforço valoroso de patriotas britânicos, proporcionou a possibilidade de um plebiscito para que os súditos da Rainha Elizabeth II fossem votar (em cédulas de papel) e decidir pela permanência ou não do país no Bloco. Tudo isso em 2016, ano em que Donald Trump foi eleito presidente dos Estados unidos.

Aí morava a ameaça aos globalistas. Em poucas palavras, uma saída tranquila do Reino Unido e com sucesso imediato após o BREXIT encorajaria outros países a saírem, terminando prematuramente a experiencia globalista e atrasando os planos em pelo menos 50 anos. Não é exagero; só para se ter uma ideia, o projeto de moeda única, o Euro, teve seu primeiro rascunho no final dos anos 50, pelo Clube de Bilderberg.

Desde aquele junho de 2016 a velha mídia também fez a sua parte assustando as pessoas no continente, com notícias que davam um falimento do Reino Unido, desemprego e até falta de alimento. Uma tentativa de sabotagem e até um segundo plebiscito forma considerados (também fica para outro dia)

Isso de uma maneira disfarçada aconteceu, foi em dezembro de 2019 quando os britânicos foram chamados as urnas novamente e candidatos que prometiam o BREXIT receberam quantidades recordes de votos, implodindo de vez qualquer possibilidade de retorno.

Sendo assim não restava agora que discutir os termos no divórcio, e mais uma vez com tom punitivo a UE tenta ameaçar os ingleses e fazem exigências que segundo o ministro das relações exterior do Reino unido são antidemocráticas.

Independente de qual será ou não será o acordo, uma coisa é certa: não se trata de uma negociação entre o Reino unido e União Europeia, mas sim entre o Reino Unido e o braço mais ativo dos globalistas. Por isso que Boris Johnson não tem o direito de errar ou ceder, não é somente o seu governo que está em jogo, mas a soberania e quiçá o futuro de outros países do Velho Continente.

Uma vez que as negociações terminarem, faremos uma análise mais profunda no programa Conexão Europa do PHVox.