“Conheça o seu inimigo como a si mesmo e não precisa temer o resultado de cem batalhas”. Essa frase de Sun Tzu contem uma verdade eterna. A melhor maneira de combater seus inimigos é conhecê-los bem, só assim poderemos ter uma real noção contra o quê estamos lutando.

Isso quer dizer que precisamos gastar tempo lendo autores marxistas e refazer o caminho intelectual que eles realizaram por décadas até chegar em suas conclusões atuais. É verdade que eles não fazem a mesma coisa em relação ao conservadorismo, à direita e ao cristianismo, mas isso é um grave erro deles que não podemos nos dar ao luxo de copiar.

Hoje em dia, a grande massa da militância esquerdista não lê mais nada, nem mesmo seus próprios autores. Talvez porque a decadência da educação produzida pela própria esquerda não os permite mais compreender esses textos, ou porque existe o medo de que boa parte perceba os erros absurdos contidos nas obras dos pensadores marxistas.

A esquerda também não encoraja seus militantes a estudar seus “inimigos”. Porque ao contrário dos autores esquerdistas, autores como Olavo de Carvalho e Dr. Plínio Correa de Oliveira tem em suas obras um poder incrível de convencimento, pois a Verdade está lá. Por isso a esquerda chega a proibir expressamente a leitura de qualquer texto desses autores.

Convencidos de que precisamos conhecê-los para melhor desmascará-los, queremos fazer um breve resumo de alguns conceitos de autores importantes para o marxismo que nos ajudam a entender como chegamos nesta guerra pela linguagem.

Um autor marxista francês, muito influente, mas pouco falado fora dos círculos internos da esquerda, é Louis Althusser. E o motivo pelo qual os esquerdistas não gostam de citá-lo publicamente é muito simples, ele assassinou à sangue-frio sua esposa por estrangulamento. É isso mesmo, um dos maiores teóricos marxistas do século XX matou a própria mulher e ninguém fala sobre isso. A esquerda quando cita Althusser convenientemente omite esse fato, mas louva a obra desse autor que para ela fez uma “grande contribuição intelectual”.

Althusser publicou um livro chamado “Aparelhos ideológicos do Estado”, que em linhas gerais faz um mapeamento das “superestruturas” do Estado. Ele diz que o Estado exerce a sua força através dos seus aparelhos repressivos. Aqui já vemos o gérmen do que é o movimento esquerdista atual de acabar com a polícia.

Mas essa questão dos aparelhos repressivos do Estado era algo já assentado pela literatura marxista nessa época. A grande “descoberta” de Althusser é a maneira com que o Estado mantem seus aparelhos repressivos. Como o próprio título do livro já diz, esses aparelhos repressivos são mantidos através dos aparelhos ideológicos do Estado. E quais seriam esses aparelhos ideológicos do Estado segundo Althusser? A Igreja, a família e a escola.

Fico impressionado como ainda existem pessoas que acham que as mudanças feitas na religião cristã, na família e na educação foram resultado de um “avanço natural da sociedade”. Não, tudo foi meticulosamente pensado e planejado para derrubar essas instituições e em seu lugar surgirem outras, ainda que possam ter os mesmos nomes, os princípios que as regerão serão marxistas.

Althusser mapeou, seguindo a tradição do marxismo cultural, de onde vem os “problemas” que atrapalham a revolução, mas como combater esses problemas de maneira eficaz? Aqui é onde entra a importância da linguagem nessa história.

Para entender como os marxistas resolveram combater essas instituições, precisamos entender as contribuições de mais dois pensadores marxistas do século XX. O primeiro foi Jacques Derrida, fundador do “descontrucionismo”. Para Derrida as instituições se regem por discursos, por tanto, se queremos mudar a sociedade precisamos mudar os seus discursos.

Derrida fala em aplicar a dialética (aquela marxista de matriz hegeliana e não a socrática) dentro dos discursos, colocando um palavra contra a outra você destruiria os discursos e a destruição deles equivaleria a destruição dos valores que eles contêm.

Jacques Derrida transpõe o campo de guerra da dialética marxista para a linguagem. Para Derrida ao “desconstruir” o discurso que construiu um determinado imaginário, você destrói também tudo que vem junto com ele. Isso eliminaria do horizonte de consciência das pessoas as ideias fundamentais que determinam certas posturas éticas e políticas.

O segundo pensador marxista que precisamos compreender é Michel Foucault. Ele vai mais longe e identifica as instituições com os seus discursos. A Igreja, a família, a escola, até mesmo os aparatos do judiciários, do legislativo e do executivo não passam de meros discursos.

Seguindo o pensamento de Derrida, Foucault fala sobre desconstruir esses discursos e assim destruir os aparelhos ideológicos do Estado, que é por onde viria o conceito de autoridade. E finalmente a alquimia diabólica marxista estaria completa, a corrupção total da linguagem levaria a tão sonhada revolução.

É exatamente o que vemos acontecendo hoje. A esquerda quer reduzir as instituições a discursos. Por exemplo, se se quer destruir a instituição da família, basta reduzir a família a um mero discurso, a meras palavras. Família não teria um significado concreto, seria apenas um discurso a mais, uma palavra vazia de conteúdo real, onde se pode colocar o que quiser dentro dela.

Então começam a aparecer categorias de família: família conservadora, tradicional, biológica etc. Ao categorizar um termo, isso seria o esvaziamento de significado daquele termo, seria o começo da desconstrução daquele discurso e consequentemente a destruição do próprio conceito de família na sociedade.

Quero deixar aqui uma dica de leitura, Dr Plínio Correia de Oliveira percebeu essa estratégia comunista antes mesmo que ela fosse totalmente explicitada pelos seus pensadores, o livro “Corrupção da linguagem e a propaganda comunista” , recentemente lançado pela Editora PHVox, pode ajudar muito a compreender esse fenômeno e como combatê-lo.

Max Cardoso, graduado em filosofia na PUC-RJ, graduado em teologia na Universidade de Navarra (Espanha) e jornalista.
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Para saber mais sobre como a linguagem é deturpada e instrumentalizada pelos marxistas não perca nosso novo livro: Corrupção da linguagem e propaganda comunista