A maior organização de esquerda Latino Americana que já dominou o continente, caiu e agora retornou com muito mais poder do que antes. O Brasil é o pote de ouro que precisa ser tomando ao final das eleições de outubro e o Foro de São Paulo é a organização que está por trás deste projeto.

O Foro de São Paulo tornou-se “popular” nas últimas décadas no Brasil graças as constantes denúncias do professor Olavo de Carvalho em suas colunas no Diário do Comércio, no O Globo e em diversas palestras no Brasil e em outros países.

É importante também lembrar o grande trabalho realizado no portal Mídia Sem Máscara, onde, ao lado de Olavo de Carvalho, personagens importantes atuaram desenvolvendo materiais, traduzindo artigos de colegas da AL para o público brasileiro e até escrevendo livros sobre o tema.

Nas eleições de 2016 e 2018, ouvia-se falar constantemente sobre o Foro nos debates das redes sociais. Com o aumento do interesse em geral pelo tema, voltava à tona uma série de mentiras sistemáticas promovidas pela mídia por mais de 15 anos, seguindo um roteiro conhecido:

● Passo 1: O Foro de São Paulo não existe, isto é teoria da conspiração.

● Passo 2: O Foro de São Paulo não é nada do que dizem, é somente uma reunião de velhinhos saudosistas das idéias socialistas da época da Guerra Fria.

● Passo 3: O Foro de São Paulo existe, mas ele não é uma ameaça à democracia, é somente um fórum de debates de idéias da esquerda.

● Passo 4: O grande problema do Foro de São Paulo é que ele existe, mas não com o poder que lhe é conferido, é tão-somente utilizado como uma ferramenta de discurso político eleitoral, tornando este grupo em uma ferramenta a ser explorada pela direita em todo o continente.

Percebe como através da manipulação da linguagem o Foro de São Paulo foi de teoria da conspiração à vítima de uma direita-conservadora-radical-reacionária e, através dos meios de mídia suas idéias protegidas pela espiral do silêncio?

Por outro lado, existe o problema da simplificação, que acabou transformando o Foro de São Paulo em um espantalho dialético nos meios da direita e conservadores, gerando uma confusão de sua real essência e finalidade, por vezes favorecendo o trabalho de agentes revolucionários em transformar os denunciantes em teóricos da conspiração, nos meios de comunicação e da opinião pública.

Outro problema gerado por esta simplificação, é atribuir ao Foro de São Paulo facetas que não são propriamente suas.

Por diversas vezes observei pessoas relevantes reclamando, com razão, que o tema não era debatido com o devido cuidado. Alguns exemplos são o Leonardo Coutinho e Leandro Ruschel.

Nos últimos 4 anos, eu me dediquei semanalmente a acompanhar os passos desta organização no dia a dia e realizando informes semanais, muitos ao lado do Sr. José Carlos Sepúlveda sobre o que vinha acontecendo no Chile, no Peru, Venezuela, Nicarágua, Colômbia, Equador e Brasil. Com isto foi possível delinear o passo a passo para o ressurgimento com tanto poder por este grupo.

Por conta disto e do pleito eleitoral de outubro de 2022, iremos publicar materiais tratando sobre ações do Foro de São Paulo nos últimos anos e que podem ser sentidas em nosso dia a dia. Fugindo do lugar comum de “uma organização que se reúne e…”.

Este trabalho de pesquisa histórica e jornalística também resultou em meu novo livro “O mínimo sobre o Foro de São Paulo”, que apresenta como a tomada de poder é feita com a ajuda de agentes políticos brasileiros e por esquemas de corrupção.