Da vida
Já vi alguns invernos
Já vi alguns infernos
Vi infernos em invernos
E invernos em infernos
Com cantos tristes já sorri
Com cantos alegres já chorei
Em cantos tristes já me ri
Em alegres cantos lamentei
Em todo canto ouvi (e houve) um canto
Já estive seco na garoa
E já no sol eu me molhei
Em seca fiz colheita boa
Com meu suor eu já reguei
Já fiz limão de limonadas
Me reverti e me fiz também
Deixei das jarras adoçadas
Pois o azedo eu quero bem
Em algumas trevas já fui luz
Em algumas luzes fui escuro
Mas nessa vida eu nunca pus
Minha cabeça sobre o muro
Na ordem já fiz anarquia
Já na revolta fiz reação
Hoje vivo de poesia
Pra não morrer de razão
De tão conservador conservo a dor
Em algumas delas me libertei
Aprendi com vida algum valor
Até a morte os levarei
Linda.
Sensacional!!!
Deus abençoe muito.
Muito bonito, parabéns!
Muito bom!!! Deus continue te dando muitas e muitas poesias, pois são a extensão de tua vida…
👏👏👏👏 Parabéns Anderson!
Estou começando na poesia. Queria ter vivido isso tudo.
Esse poema realmente toca em cantinhos da alma.
Poesia atual boa e bem estruturada é rara assim como boa pintura. Parabéns e continue pelo amor de Deus!!!
Belo poema!